A escolha dos jogadores para o time que disputará a Copa do Mundo saiu no New York Times na seção "soccer".
Antes de contar o que falaram do Brasil no jornal americano, gostaria de tecer alguns comentários. Ontem assisti, pela televisão à cabo, ao vivo, a entrevista coletiva, e como sempre, a imprensa, que quer controlar a política, o futebol e sabe lá o que mais, fez as perguntas mais agressivas possíveis, isto porque os jogadores que ela queria que fossem convocados não o foram. Como diz o título desta matéria: Dunga manteve firme os seus princípios. Acho que isso é algo estranho aos ouvidos dos jornalistas e de seus editores: O que será manter-se firme em seus princípios?
No meio da entrevista Dunga alertou para o fato de não sermos inocentes e que a famosa opinião pública tem muita influência das frequentes cenas passadas toda hora pela mídia, que é movida também por interesses dos clubes. E qualquer um sabe o que quer dizer, em dinheiro, para um clube de futebol quando um jogador é convocado para a seleção, principalmente, a brasileira. Dunga também colocou a questão do compromisso dos jogadores com a seleção e com o Brasil, coisas esquecidas pelos "isentos" representantes da imprensa.
Fica uma conclusão, a imprensa brasileira está tão tendenciosa que é melhor ler as matérias sobre o nosso país nos jornais estrangeiros.
New York Times
Em matéria produzida por Bob Hughes e publicada ontem foi comentado como foram anunciados os nomes do jogadores dos principais seleções do mundo, as surpresas e perdas, nisso tudo o Brasil teve, no meio da matéria, o maior espaço.
Traduzi livremente a parte que fala do Brasil:
O país que é o favorito para levantar esta primeira Copa do Mundo na África é o Brasil, claro, é a escolha das pessoas porque o Brasil e o primeiro pais a contratar falanges de mentes e corpos especializados dedicados ao time brasileiro, e tem a experiência de ter ganho 5 Copas Mundiais.
O técnico do Brasil, Dunga, tem 190 milhões de patriotas dizendo a ele que ele deverá escolher e quem descartar. Ele diz, desafiando, que talento sozinho não ganhará a copa. Seus métodos são mais pragmáticos, mais baseados em forma física ao contrário do que muitos gostariam.
Dunga tem algo que pode provar que esta será a sua única oportunidade para ganhar a Copa do Mundo com treinador, como ele fez em 1994 como jogador. Ele decidiu nomear os 23 jogadores esta semana, o que permite que o debate nacional continue até Junho.
Nesta terça, Dunga fez o que quem o conhece esperava que ele fizesse - ele é firme nos seus princípios. Ele resiste ao clamor para convocar Ronaldinho e Adriano. Ele ignorou os apelos populares para promover Neymar e Paulo Henrique Ganso, as estrelas que despontam no antigo clube de Pelé. Ele se mantém solidamente com os jogadores que ele testou e confiou durante os últimos 2 anos.
New York Times - Na foto matéria feita em 2009 na qual é colocada a questão ética do futebol.
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