Victor Zacharias
Hoje Mano Menezes entrevistado no Roda Viva disse que o técnicos caem pelo contexto e exemplificou com a entrevista coletiva que viu do Wagner Mancini após da derrota do Santos por 6 a 2, e lembrou que havia sobre a cabeça do Wagner uma sombra que aumentava a cada gol do Vitória e diminuía a cada gol do Santos. Mano conclui dizendo que acha isso deplorável, esta maneira de conduzir a coisa faz com que isso fique muito comum.
Sobre o Parreira disse que era uma das poucas pessoas capazes de fazer a reformulação no Fluminense pela sua capacidade e também por ser uma referência do futebol mundial, o Fluminense vai sofrer com isso.
O futebol precisa regulamentar a profissão de técnico para evitar tantas mudanças desnecessárias, enquanto isso não acontece os técnicos precisam parar de ligar para seus amigos nos clubes dizendo-se disponíveis para o clube quando o clube ainda tem um técnico atuando, comentou.
Neste sentido, Muricy em um programa esportivo na rádio Bandeirantes, disse que o Palmeiras é um clube diferenciado que não manda um técnico embora por uma porta e faz outro entrar logo depois. Parece claro que com este comentário ele implicitamente falou do São Paulo, mas também levantou a falta de ética, cada vez maior, no futebol indústria, creio eu.
No meio desta entrevista Mano também disse que o futebol é paternalista e precisa fazer com que o jogador esteja sempre sendo cuidado pelo clube desde a carteira de identidade até a alimentação rotineira como o café da manhã.
Penso que o futebol assimilou o ritmo da frenética competição capitalista e os técnicos são a válvula de escape ou o bode expiatório das derrotas dos times para recuperar a estabilidade do clube perante os sócios, a torcida organizada e a imprensa voraz por escândalos para ter audiência. Os técnicos reclamam da imprensa que procura chamar atenção do seu público, mas são reféns da mesma fórmula porque levam na camisa várias marcas e precisam de exposição.
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