segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Blogueiros firmam posição contra a censura e pelo Marco Regulatório da Comunicação

Documento defende luta por liberdade de expressão, contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor, por novos marcos regulatórios da comunicação, pelo acesso universal à banda larga de qualidade e contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Próximo encontro já está marcado para novembro de 2012, também em Foz do Iguaçu.
Marcel Gomes

Foz do Iguaçu - O 1º Encontro Mundial de Blogueiros terminou sábado (29) após reunir, durante dois dias, 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes de 23 países e 17 Estados brasileiros. O próximo encontro já foi marcado e acontecerá em novembro de 2012, também em Foz do Iguaçu.
Almed Al Omran, Farhan Janjua, Renato Rovai, Sérgio Telles, Pepe Escobar e
Ahmed Bahgat ocuparam a mesa sobre “Experiências na Ásia e África”
Na plenária final, foi aprovada a "Carta de Foz do Iguaçu", documento que trata do papel da blogosfera na construção da democracia - o tema central do encontro. A carta defende a luta por liberdade de expressão, contra a censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações, por novos marcos regulatórios da comunicação, pelo acesso universal à banda larga e contra o cerceamento e censura na internet.

"Para um primeiro encontro organizado em apenas dois meses, não há dúvida que tivemos êxito", disse Altamiro Borges, do Instituto de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. "A comunicação só vai avançar quando o movimento social se apropriar dela, não será meia dúzia de blogueiros e tuiteiros que farão a revolução", apontou. Participaram do encontro sindicalistas e ativistas de vários movimentos sociais, como o MST e a Via Campesina.

Para Joaquim Palhares, da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom), a democratização da comunicação no país passa pela articulação da imprensa alternativa, o que foi possibilitado pelo encontro dos blogueiros e é tarefa da própria Altercom. "Um de nossos objetivos precisa ser a democratização das verbas de publicidade do Estado, que são alvo das organizações representativas da grande imprensa, como a ANJ (Associação Nacional de Jornais)", afirmou Palhares, que também é diretor da Carta Maior.

Leia, a seguir, a íntegra da "Carta de Foz do Iguaçu":

"O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:

- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;

- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;

- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.

- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.

- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.

Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro."

fonte: Carta Maior

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Anonymos denuncia a manipulação da Veja

Victor Zacharias

A revista Veja, chamada de panfleto da burguesia e de outros nomes também, continua praticando um jornalismo tendencioso e manipulativo.
Em tempos de luta pela democracia na comunicação, pela diversidade e pluralidade, esta publicação em suas últimas capas descumpriu várias regras da ética na comunicação.
Começou com a matéria do Zé Dirceu, gostem ou não dele, o fato de tentar invadir seu quarto em um hotel foi um ato criminoso, fosse com outro político querido da mídia conservadora e monopolista, o escândalo seria gigantesco. Na semana seguinte veiculou uma matéria que estimulava o uso de remédios para emagrecer, foi extremamente criticada pela Anvisa e por muitos médicos. Na sequência anunciou em sua capa o movimento Anonymos e o conceituou como um movimento essencialmente contra a corrupção, o que não é, pois é um movimento derivado dos que tem sido feitos internacionalmente sem cor partidária e contra os poderes econômicos. E para finalizar a série antiética, denunciou o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, usando o testemunho de um policial corrupto que não tinha provas do que falou.
Entendo que a credibilidade é o maior valor de um veículo de comunicação de massa, mas esta revista do grupo Abril tem mostrado que não merece a confiança de seus leitores.
O turma do Anonymos reagiu e fez um vídeo para revelar a todos como a tal revista distorce as informações.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Entidades vão às ruas pelo Marco Regulatório da Comunicação

Victor Zacharias

A Frentex - Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação promoveu um ato público pelo Marco Regulatório da Comunicação, nesta terça, na hora do almoço, dia Mundial da Democratização da Comunicação, na Av. Paulista, 900, em frente ao prédio que fica a TV Gazeta.
De longe se via um palanque, feito de papelão, com uma frase que expressava a liberdade que marcava o evento: Aqui você tem voz. Ao lado duas caixas de som, ligadas a baterias de carros, ampliavam os discursos, e durante os pequenos intervalos, músicas com críticas a mídia eram tocadas.
Com o objetivo de familiarizar a população e facilitar o entendimento desta com as questões de comunicação os representantes de várias entidades apresentaram alguns pontos em comum, por exemplo: a necessidade de uma nova lei que possa regular o setor de acordo com o capítulo V da Constituição Federal, assim a organização dos meios de comunicação se dará calcada em conceitos democraticamente estabelecidos e garantidos pelo Estado; a existência de um monopólio e oligopólio, das concessões públicas, do rádio e da televisão que pertecem a menos de uma dezena de grupos, e controlam a informação influindo decisivamente na formação de significados, valores e na opinião pública de toda sociedade de acordo com interesses privados e não públicos como deveria ser; a constante criação de preconceitos e esteriótipos pelos programas e comerciais exibidos na televisão e no rádio, como a recente polêmica de uma propaganda de calcinhas que reforça o estigma machista de que as mulheres são incapazes de pensar, por isso só terão alguma chance sendo um mero objeto sexual, que moradores da periferia são bandidos e viciados, além disso estas mensagens televisivas excluem da visibilidade alguns grupos como os negros e os homossexuais e estabelecem padrões de vestuário e estética não compatíveis com a maioria da população, estabelecendo uma distância social entre grupos cuja identicação é feita pela aparência desprezando os direitos humanos; parece haver um consenso de que é preciso fundamentar o novo Marco em dois pilares da democracia: diversidade e pluralidade.
Houve uma preocupação nos discursos de reiterar que "regular não é censurar", porque os meios de comunicação estão disseminando este conceito como forma postergar o Marco Regulatório da Comunicação.
É verdade que a internet tem proporcionado um pouco de democracia na comunicação de massa, mas foi dado um alerta de que poderá sofrer censura, pois pretende-se privilegiar o trânsito de dados dos grandes conglomerados financeiros em detrimento daqueles arquivos que comumente a população utiliza como música, jogos e entrenimento.
Enquanto os discursos eram feitos, o Idec colhia assinaturas para um abaixo assinado que exigia o compromisso das operadoras de internet com a qualidade da banda larga, e também a garantia da entrega plena da velocidade contratada pelo usuário, pois hoje, naquelas letrinhas miúdas, os provedores só precisam garantir um mínimo de 10% do que foi vendido.
Durante o evento foram distribuídos folhetos que tinham o desenho de um óculos para filmes de terceira dimensão e a frase: Os óculos da mídia alteram a realidade. Nos tempos atuais em que quase toda informação é mediada, a criação de significados comuns para que essa comunicação seja realizada está sendo concretizada nas mensagens da mídia conservadora que como senhora absoluta da concessão pública, edita o conteúdo de acordo com seus interesses, que normalmente são dinheiro e poder.

Assista ao vídeo com trechos de algumas falas feitas durante o evento:

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A mídia altera a percepção da realidade.

Victor Zacharias

Amanhã é dia Mundial da Democratização da Comunicação, um bom motivo para que os militantes reunidos sob a sigla Frentex - Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e pelo Direito a Comunicação façam um ato em defesa do imediato encaminhamento ao Congresso Nacional do Marco Regulatório das Comunicações.
Os meios de Comunicação sem regulação são como óculos que mudam a realidade.
Eles podem fazer você enxergar algo que não existe.
Sabe aqueles óculos que fazem você enxergar coisas que não existem, pois é, muitas vezes olhando o mundo pela mídia isso pode acontecer com a gente.
Hoje em dia a mídia ganhou muita importância nas nossas vidas, para muitos é o únicojeito de se divertir e de se informar, é aí que mora o perigo.
Quase sempre você vê no rádio e na televisão, que são os principais meios de comunicação, as mesmas mensagens publicadas e repetidas durante dias. O mais curioso é que todas as emissoras tem o ponto de vista muito parecido.Será que é proibido pensar ou publicar algo diferente?
Com certeza você pensou ou percebeu isso. A grande mídia, chamada de conservadora, quer que você enxergue o mundo do jeito que eles pensam ser melhor para todos, e a sua opinião, pouco interessa.
Quantas vezes você percebeu que nas novelas não havia muitos negros como na vida real,ou quantas vezes você viu as mulheres serem tratadas como gente de segunda classe e sem o menor respeito.
A mídia transmite cultura, educa e cria significados comuns, estabelece e influencia nas expectativas de vida individual, em sociedade, por isso, é preciso dar visibilidade a variedade de pessoas e valores.
Estão faltando diversidade e pluralidade, duas palavrinhas difíceis, mas importantes em uma democracia.
Portanto, tirar os óculos que a grande mídia nos impõe, e olhar para o mundo amplamente por uma comunicação totalmente liberta das amarras econômicas é um direito pelo qual devemos lutar, que com certeza nos fará mais livres, e mais felizes.
Nossa Constituição Federal precisa ser obedecida e para isso é preciso ter o Marco Regulatório das Comunicações.
Compareça ao ato amanhã na av. Paulista, 900, em frente à Gazeta, das 12 às 14 horas e também aproveite para saber mais na página da internet www.frentex.org

Ouça o Hip Hop criado voluntáriamente pelo compositor, cantor e educador, Mano Réu que com seus educandos produziu esta música especialmente pela Democratização da Comunicação.

sábado, 15 de outubro de 2011

É preciso sensibilizar a massa para as discussões da Rio + 20, diz Marcos Sorrentino

Victor Zacharias

O Tratado de Educação Ambiental é um fruto importante conquistado pela luta da sociedade civil, disse Marcos Sorrentino em sua fala no 1º Seminário Rumo à Rio + 20 em São Paulo.

Ele relembrou que a APEDEMA e as lutas contra a construção do Aeroporto em Caucaia do Alto, em plena ditadura militar, eram organizações civis sem cacique. Não era objetivo profissionalizar entidades, a perspectiva era de ser um movimento de cidadania.

A questão ambiental deve movimentar todas as agendas de todos os movimentos, conclamou Marcos.

Continuando a contar um pouco da história, em 1992 muitos tratados importantes foram feitos, mas a grande massa não conhece. É importante que a Rio + 20 consiga sensibilizar os brasileiros para que mais vozes venham para defender a natureza e trazer esperança. Não dá para entender que 80% do povo quer preservar o ambiente e 400 deputados, que em hipotese representam o povo, não. É um modelo desgastado, onde a gente vota a cada 2 anos e os eleitos acham que tem um cheque em branco para fazer o que quiser.

A participação é essencial, não dá para colocar 7 bilhões de pessoas para votar para tudo, mas como fazemos jogos na loteria, poderíamos também utilizar o mesmo local para que a população expresse sua opinião sobre os assuntos que achamos importantes. Porque a televisão que hoje entra na casa de cada um para trazer coisas do mercado, não traz coisas da comunidade?

A Rio + 20 é um período para fortalecer os laços de companheirismo, é preciso aprender a fazer junto esta mudança de paradigma.

Criar espaço para a diversidade de vozes, caminhos diferenciados de organização política, realização humana, sustentabilidade na vida do planeta, caminhos para ser feliz. Não queremos ter a sensação de um futuro roubado, completou Marcos.

Assista um trecho do vídeo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Rio + 20, a natureza, o ecocapitalismo e os pobres.

Victor Zacharias

Em meados de setembro aconteceu em São Paulo, na Alesp, o 1º Seminário da Rio + 20, evento mundial que discutirá no próximo ano, a partir de 26 de maio até 10 de junho, no Rio de Janeiro, as questões da degradação do meio ambiente, os avanços, retrocessos e quais os serão os novos caminhos ecológicos para o mundo.

Esse 1º Seminário, o início da preparação para mobilização da sociedade, contou com a presença de militantes históricos que puderam dar um breve panorama histórico desde a Rio ou ECO 92. Moema Miranda, do Ibase e Marcos Sorrentino da ESALQ/USP, foram os primeiros a falar, depois tiveram a palavra Aron Belinky, da Vitae-Civilis e Tica Moreno, militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Moema iniciou sua participação dizendo que até 1989 o mundo estava basicamente polarizado entre o capitalismo e o socialismo, havia uma alternativa, por mais que muitos não gostassem da União Soviética.

Os temas principais da Rio 92, avançados até para hoje, eram: 1)a economia verde e pobreza, e 2)a nova arquitetura da questão mundial. Naquele tempo a ONU era ainda legitimada como um espaço para criar compromissos comuns entre os países, mais do nos dias atuais. Porém, as décadas seguintes, mostraram que houve uma imposição do modelo neo liberal, a fragilização dos estados e o fortalecimento das corporações.

As grandes empresas formaram o mercado e estabeleceram a gerência, organização e definição da vida, as formas de relação entre nós e com o ambiente, disse Moema: " A sensação de que nós como humanidade não pertencemos a natureza, que a natureza é uma coisa distante, que no máximo estão nela alguns humanos que são suficientemente primitivos para se envolverem com a natureza, mas que nós ocidentais somos uma coisa diferente".

Karl Polanyi, autor da Grande Transformação, ainda tinha esperanças que a sociedade fosse estabelecer controle sobre o mercado. O que vimos foi o inverso, comentou Moema.

A proposta da ECO 92 tinha o alternativo, mas desaguava no modelo de exploração ilimitada da natureza tal qual o socialismo. O conceito de progresso continuava sendo o econômico, "a capacidade de abuso e uso do que a natureza generosamente nos brinda".

As corporações significam o que é progresso e desenvolvimento: progredir, crescer e consumir = possuir, ter e se apropriar. Disse Moema, no meu ponto de vista, depois da vitória do neo liberalismo, na América Latina, garantimos governos de "esquerda" que conseguiram romper com a lógica neo liberal e o estado pode exercer e expressar o seu papel na defesa do comum.

O Betinho, que criou o Ibase, costumava dizer, quem tem fome, tem pressa. Não dá para fazer a revolução. Tem que alimentar o pessoal. Ações emergenciais não são contra revolucionárias.

Mas a exploração continua forte, com certeza é difícil reverter isso, a diferença é que hoje temos mais gente ao nosso lado, estamos sem fome de mãos dadas caminhando para o abismo, porém super contentes. O processo é suicída.

A crise não é financeira, ambiental, tem multiplos aspectos, é de civilização do modelo e da concepção da forma de ser e estar que hegemoniza.

É preciso criar um novo paradigma de ser e estar no mundo, apesar do discurso do "agora é minha vez" estar na fala de muitos: Agora que comprei meu carro, você vai dizer que ele polui?

Pelas condições de hoje, a idéia de participação está dada pelo desenho de crescimento e desenvolvimento. Precisamos questionar este desenho. Se o desenvolvimento sustentável não pode dar certo, vamos fazer a economia verde? Com os mesmos padrões? É tempo de criar um questionamento profundo ao capitalismo, porque não bastar pintar de verde, nem todas as cores do arco íris darão conta de reverter esta rota da destruição da natureza. Temos que repensar a essência, ela está na lógica da vida que se constrói a partir do mercado.

Finalizando Moema deixou um pensamento de alteridade: Eu não sou se você não é. A liberdade é a possibilidade de reconhecer a sua humanidade, de ser parceiro na luta pela sua felicidade, só vamos conseguir no diálogo, com vontade de escutar, vontade de estar junto sem falar. Temos que aprender a construir juntos, enquanto ainda dá tempo, um mundo melhor.

Em um próximo texto colocarei as palavras, também registradas, do Marcos Sorrentino.

Assista neste curto vídeo um trecho da fala de Moema Miranda.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...