sábado, 15 de outubro de 2011

É preciso sensibilizar a massa para as discussões da Rio + 20, diz Marcos Sorrentino

Victor Zacharias

O Tratado de Educação Ambiental é um fruto importante conquistado pela luta da sociedade civil, disse Marcos Sorrentino em sua fala no 1º Seminário Rumo à Rio + 20 em São Paulo.

Ele relembrou que a APEDEMA e as lutas contra a construção do Aeroporto em Caucaia do Alto, em plena ditadura militar, eram organizações civis sem cacique. Não era objetivo profissionalizar entidades, a perspectiva era de ser um movimento de cidadania.

A questão ambiental deve movimentar todas as agendas de todos os movimentos, conclamou Marcos.

Continuando a contar um pouco da história, em 1992 muitos tratados importantes foram feitos, mas a grande massa não conhece. É importante que a Rio + 20 consiga sensibilizar os brasileiros para que mais vozes venham para defender a natureza e trazer esperança. Não dá para entender que 80% do povo quer preservar o ambiente e 400 deputados, que em hipotese representam o povo, não. É um modelo desgastado, onde a gente vota a cada 2 anos e os eleitos acham que tem um cheque em branco para fazer o que quiser.

A participação é essencial, não dá para colocar 7 bilhões de pessoas para votar para tudo, mas como fazemos jogos na loteria, poderíamos também utilizar o mesmo local para que a população expresse sua opinião sobre os assuntos que achamos importantes. Porque a televisão que hoje entra na casa de cada um para trazer coisas do mercado, não traz coisas da comunidade?

A Rio + 20 é um período para fortalecer os laços de companheirismo, é preciso aprender a fazer junto esta mudança de paradigma.

Criar espaço para a diversidade de vozes, caminhos diferenciados de organização política, realização humana, sustentabilidade na vida do planeta, caminhos para ser feliz. Não queremos ter a sensação de um futuro roubado, completou Marcos.

Assista um trecho do vídeo.

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