A liberdade de empresa dos jornais tem, ultimamente, distorcido o fato na notícia, por isso a ex-prefeita Marta lança um portal na internet para se comunicar melhor pelo mundo virtual, enquanto isso, Lula, no mundo real, em visita a cidade pobre de Barra, no seu giro de três dias pelas obras de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco, recebe um livro e um abraço afetuoso de Joana Camandaroba, professora da região, com 95 anos de idade.
Em entrevista, que transcrevo parcialmente, ela revela o que é a sabedoria da comunicação ao jornalista Bob Fernandez da Terra Magazine, :
Que livro a senhora entregou ao presidente Lula?
Um dos quatro que escrevi, este com o padre Arlindo Itacir Batistel, é o “Barra, um retrato do Brasil”.
Sobre o que é o livro?
Sobre a língua falada pelo Brasil, a língua do povo da Barra, a antropologia do povo, dos brejos, usos e costumes da região…
A senhora é escritora?
Fui professora por 40 anos de português, história… de quase tudo.
Parei de ensinar aos 80 e aí me deu um vazio. Preenchi com a literatura.
Aqui em Barra?
Ô meu filho, na Barra, em Formosa, em Santa Rita de Cásia, em Pilão Arcado, em Barreiras…
A senhora sabe quanto alunos teve?
Todos da cidade, quase todos da região. Ensinei a todos. Ensinei tanto que não tive tempo para o amor, para namorar.
O que a senhora disse para o presidente Lula?
Pedi a ele que lesse a página 105. Porque tem um texto belíssimo sobre a língua portuguesa, o português do povo. Língua que a gente esquece, a família e o povo esquecem.
E por que esse livro é para o Lula?
Porque ele é amigo do povo, se sente do povo e o povo se vê nele. Ouvi o discurso do presidente, estava lá, senti isso nele, nos olhos dele, e nos olhos do povo.
Ouvir o discurso dele foi ouvir o discurso do povo. É a mesma coisa.
A senhora foi professora por 40 anos e defende o uso correto da língua. Ainda que se possa discutir essa questão da “correção”, o próprio presidente cansa de se referir publicamente a erros que cometia e ainda comete ao falar…
Não é responsabilidade dele…
Por que não?
Aquilo que se escreve na alma de uma criança nunca mais se apaga…o Lula presidente ainda fala como escreveram na alma dele quando criança e por isso mesmo muito ainda não se apagou…
E que língua do povo é essa?
A língua de todos os tempos, a dos vaqueiros, a dos brejos, a das periferias das grandes e pequenas cidades, a língua dos brasileiros, do povo. O meu livro fala disso, fala disso, fala até do transporte de padiola.
Comunicar é fazer com que o outro o entenda, porque se não entender nada acontecerá. E queira ou não a essência das mensagens vêm do coração, isto é, daquilo que se acredita e se viveu.
Que livro a senhora entregou ao presidente Lula?
Um dos quatro que escrevi, este com o padre Arlindo Itacir Batistel, é o “Barra, um retrato do Brasil”.
Sobre o que é o livro?
Sobre a língua falada pelo Brasil, a língua do povo da Barra, a antropologia do povo, dos brejos, usos e costumes da região…
A senhora é escritora?
Fui professora por 40 anos de português, história… de quase tudo.
Parei de ensinar aos 80 e aí me deu um vazio. Preenchi com a literatura.
Aqui em Barra?
Ô meu filho, na Barra, em Formosa, em Santa Rita de Cásia, em Pilão Arcado, em Barreiras…
A senhora sabe quanto alunos teve?
Todos da cidade, quase todos da região. Ensinei a todos. Ensinei tanto que não tive tempo para o amor, para namorar.
O que a senhora disse para o presidente Lula?
Pedi a ele que lesse a página 105. Porque tem um texto belíssimo sobre a língua portuguesa, o português do povo. Língua que a gente esquece, a família e o povo esquecem.
E por que esse livro é para o Lula?
Porque ele é amigo do povo, se sente do povo e o povo se vê nele. Ouvi o discurso do presidente, estava lá, senti isso nele, nos olhos dele, e nos olhos do povo.
Ouvir o discurso dele foi ouvir o discurso do povo. É a mesma coisa.
A senhora foi professora por 40 anos e defende o uso correto da língua. Ainda que se possa discutir essa questão da “correção”, o próprio presidente cansa de se referir publicamente a erros que cometia e ainda comete ao falar…
Não é responsabilidade dele…
Por que não?
Aquilo que se escreve na alma de uma criança nunca mais se apaga…o Lula presidente ainda fala como escreveram na alma dele quando criança e por isso mesmo muito ainda não se apagou…
E que língua do povo é essa?
A língua de todos os tempos, a dos vaqueiros, a dos brejos, a das periferias das grandes e pequenas cidades, a língua dos brasileiros, do povo. O meu livro fala disso, fala disso, fala até do transporte de padiola.
Comunicar é fazer com que o outro o entenda, porque se não entender nada acontecerá. E queira ou não a essência das mensagens vêm do coração, isto é, daquilo que se acredita e se viveu.
A comunicação é essencial e passa muito pouco pelas palavras difíceis e herméticas que exibem a vaidade do que se mostra o mais culto. A escola e a vida fazem parte do mesmo caminho e não de caminhos diferentes, portanto desmerecer quem é de fala simples é não ter a sabedoria da vida que é plural e rica.
Um comentário:
muito legal, fiquei emocionada ao ler.
abraços,
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