quinta-feira, 30 de abril de 2009

O porco é o que paga o pato?

Vamos a um dos principais pontos do problema, talvez o âmago.
É óbvio que mais uma vez a ambição desmedida provocada pela ideologia neoliberal do capitalismo fez surgir este alarmante novo vírus.
Leia um trecho desta matéria e saiba com foi a gestação desta gripe.
A gripe suína e o monstruoso poder da indústria pecuária
Em 1965, havia nos EUA 53 milhões de porcos espalhados entre mais de um milhão de granjas. Hoje, 65 milhões de porcos concentram-se em 65 mil instalações. Isso significou passar das antiquadas pocilgas a gigantescos infernos fecais nos quais, entre esterco e sob um calor sufocante, prontos a intercambiar agentes patógenos à velocidade de um raio, amontoam-se dezenas de milhares de animais com sistemas imunológicos debilitados. Cientistas advertem sobre o perigo das granjas industriais: a contínua circulação de vírus nestes ambientes aumenta as oportunidades de aparição de novos vírus mais eficientes na transmissão entre humanos. A análise é de Mike Davis.

Mas a decisão do Egito de matar todos os porcos do país é fora de propósito, faz lembrar as piadas que se faz nestas situações e em outras, injustamente, com os portugueses como protagonistas.
No fundo o homem na sua ânsia de produzir e acumular riquezas sem fim, provoca esta doença e muitas outras.
A natureza tem um limite para as farras da elite e com certeza é mais poderosa que o dinheiro, as fábricas, os bancos e as propriedades de qualquer homem.
No final deduz-se que a culpa é da ganância do homem que coloca o capital acima de tudo, mas quem paga o pato é o porco.

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