Victor Zacharias
Faz tempo que não escrevo sobre futebol por aqui, mas neste tri campeonato do Peixe me senti na obrigação de dizer algumas coisas.
Não sou especialista em futebol, gosto ver o tal futebol arte e analiso com um filtro crítico pelo qual admiro jogadas ensaiadas, no entanto as que mais chamam a minha atenção são as inesperadas, criadas pelos talentos.
A competição é o fundamento do futebol, na verdade vale tudo para ganhar o jogo, desde provocações dentro e fora de campo, boatos de vendas de jogadores e compra de juízes, e no quesito violência, não fosse o juiz, teríamos cenas de UFC em campo. Tudo isso serve de exemplo para vida em sociedade, infelizmente.
Para o Santos ganhar pela terceira vez este campeonato tudo começou no coletivo e seu auge esteve nas jogadas individuais do Neymar, é claro que o time tem outros craques, incluo seu presidente e o Muricy, tudo isso fez parte desta vitória. Neste mundo há um discurso que insiste em colocar o individual como valor maior, o Santos fez justamente o contrário, este é um dos pontos altos.
Primeiro o coletivo e depois os valores individuais. Acredito que por isso foram mantidos até o fim jogadores como Elano, Ganso que apresentaram baixo rendimento no começo do campeonato e foram importantes no final.
Vamos aos números que peguei do blogue do Edu, Fatosetc:
Ser tricampeão paulista é façanha poucas vezes conseguida na história. No ano do centenário. A última vez em que um clube conquistara três vezes seguidas o Campeonato Paulista havia sido o mesmo Santos, mas o de Pelé, em 1967/68/69, que também foi tri de 1960 a 1962. Os outros times que levantaram o tricampeonato foram o Palestra Itália (1932 a 34) e três vezes o Corinthians (1922-24, 1928-30 e 1937-39 - quando meu avô era jovem).
O outro ponto é o Neymar, o gênio do futebol brasileiro, aquele que desequilibra o jogo porque cria muito e tem o dom do drible, mesmo avisados os defensores adversários não conseguem parar suas investidas. O seu lema é significativo e passa para o time todo: ousadia e alegria.
Quanto ao jogo o Santos marcou o seu primeiro gol aproximadamente aos dois minutos, foi muito cedo, acho que isso misturado com um pouco do cansaço, que percebi no time, e o acomodamento em função do resultado que parecia fácil, fez o time relaxar.
O Guarani jogou como se quisesse vencer, mas não tinha o entrosamento do Santos, nem jogadores tão talentosos (apesar das falhas da defesa santista e de seu goleiro que resultaram nos dois gols), nem o gênio do Neymar, por isso perdeu, mas como foi dito, caiu de pé, é realmente um vice-campeão que merece respeito.
Ouvi uma pessoa dizendo que o hino do Santos deveria ser alterado, ao invés de "Agora quem dá a bola é o Santos, o Santos é o novo campeão" a letra seria " Agora quem dá a bola o é o Santos, o Santos é DE NOVO campeão.
Agora é curtir mais este campeonato e quinta vencer o Vélez Sársfield na Argentina, essa é mais uma pedreira. Descansem meninos, a nossa fome de títulos neste centenário não acabou.
Vai para cima deles Santos.
Cartão Laranja é blogue informativo e também de debates sobre assuntos pouco polêmicos (rsr), como futebol, política e marketing, se a coisa não vai bem publicamos no cartão laranja, porém a única coisa que não vale é baixar o nível. Quem baixar o nível, leva cartão vermelho.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Santos, Tri Campeão Paulista: time de craques e um gênio da bola
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2 comentários:
De fato o lema é esse: ousadia e alegria. Agora, pensando em Libertadores, vamos ser tetra, Santos!!!
Lembrei daquela frase, não sabia que era impossível, fui lá e fiz.
Espero que a molecada descanse muito para pegar o argentino Vélez de jeito.
Edu, peguei uns números do seu blog.
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