sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Palmeiras muita correria e pouca técnica

Guilherme Mendes

Nação Palestrina,
A exibição do Verdão contra o Bahia foi a repetição de nossas últimas atuações. Muita correria e pouca técnica !
Sabemos que nosso time – salvo pouquíssima exceções – Marcos, Marcos Assunção e Valdívia – é composto por jogadores limitados tecnicamente.
Mesmo assim, entendemos que o nível de nossas apresentações e, por conseqüência, nosso posicionamento no campeonato poderiam ser melhores.
E o mais triste é constatar que para que atingíssemos tal condição pequenas mudanças seriam necessárias.
Bastaria, inicialmente, que o clube não vivesse há décadas – em especial as últimas três - em constante ebulição política.
Em segundo lugar, que o planejamento feito no início de cada temporada – contratação de técnico e formação do elenco – fosse respeitado durante todo o ano.
E, em terceiro lugar, o que parece ser o mais difícil, é que todos aqueles que detêm o poder no clube remassem no mesmo sentido pensando mais no Palmeiras, do que em suas pequenas aspirações pessoais.
Adotadas tais premissas cremos que nosso time poderia ombrear-se com os demais aspirantes ao título uma vez que, infelizmente, o futebol brasileiro não possui um grande time e dispõe apenas de uns poucos bons jogadores, nada além disso.
Oxalá, que até os clássicos contra o São Paulo, Vasco e Corinthians outros problemas internos não venham conturbar o ambiente !
Quanto ao jogo propriamente dito – independentemente do gol do Bahia ter sido feito em completo impedimento – cremos que com a correção do principal defeito do time – a falta de um verdadeiro atacante de área – poderíamos tê-lo vencido até com certa tranqüilidade.
Kléber, apesar de esforçado, nunca foi um centroavante e sendo obrigado a desempenhar tal função em decorrência da falta de um verdadeiro camisa nove, tem a qualidade de seu jogo muito prejudicada.
Diga-se o mesmo de Valdívia – quando joga – que não pode ser utilizado como atacante, uma vez que sequer tem físico para suportar o embate na área.
Os demais atacantes de área – Dinei e Vinicius – não têm condições de jogar no Palmeiras, sendo certo que somente integram nosso elenco por absoluta falta de outras opções, o que decorre da caótica situação econômica que o clube vive há pelo menos uma década.
A falta do chamado camisa nove, além de forçar que Kléber e Valdívia tenham que jogar fora de suas características, acaba por prejudicar, também, as atuações de Maikon Leite que, bem aproveitado, seria uma excelente opção de ataque.
Não sabemos se a contratação, já frustrada, de Ricardo Bueno do Atlético Mineiro seria a solução ideal para nosso crônico problema mas, ao menos, passaríamos a contar com um jogador que tem as características de um verdadeiro centro-avante o que, certamente, contribuiria em muito para o retorno do bom futebol de Kléber e de Valdívia.
Além disso, a permanência de Felipão no comando de nossa equipe é condição básica para que possamos almejar posições mais proeminentes tanto nesse ano, quanto em 2012.
Esperamos e torcemos para que, quando o problema vier a ser resolvido, não seja, uma vez mais, tarde demais!

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