segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Via Campesina apóia as propostas da Assembléia dos Movimentos Sociais em Dacar

Victor Zacharias

Entrevistamos a Josie no aeroporto enquanto esperava a chegada de seu marido em Dacar para o Fórum Social Mundial. Ela é representante da Via Campenisa, movimento que têm no mundo todo várias frentes de luta, tanto contra as sementes bio modificadas feitas pelas transnacionais que têm enormes lucros, e que compromentem a soberania alimentar dos povos destruindo a bio diversidade, quanto na questão dos governos que transformam o caos climático em produtos de mercado "commodities" como a venda de florestas para justificar as grandes poluições das indústrias e o objetivo é o mesmo gerar mais lucros para o agronegócio. A Via Campesina e seus bilhões de camponeses em todo mundo tem feito este protesto, e apoiado e marchado pelas ruas para alertar e cobrar as autoridades governamentais e empresarias exigindo atitudes em favor da natureza e dos povos de todo o mundo.
Assembléia dos Movimentos Sociais
A Via Campesina, entre outras entidades, endossou a declaração final da Assembléia do Movimentos Sociais feita no Fórum Social Mundial em Dacar que mostrou a dominação do capital dissimulada pelo ilusório progresso econômico e estabilidade política, este com certeza é o maior desafio a ser vencido.
No continente africano é evidente a necessidade de descolonização de todos os povos oprimidos e o estabelecimento do seu direito à autodeterminação.
A luta contra o patriarcado, o capitalismo, o racismo e todas as formas de discriminação é uma luta comum para todos que lutam pela justiça e direitos humanos. Quando o G8 eo G20 realizar as suas reuniões, vamos mobilizar todo o mundo para lhes dizer: Não! Não somos mercadorias! Não serão negociados!
Contra toda a violência que é utilizada contra as mulheres
Riffaud reafirma o ponto sobre as mulheres incluído na Declaração: Nós lutamos contra a violência contra as mulheres, muitas vezes desenvolvidas em territórios ocupados militarmente, mas também a violência que afeta as mulheres que são criminalizadas por terem participado nas lutas sociais. Nós lutamos contra a violência doméstica e sexual perpetrada sobre as mulheres, pois são considerados objetos ou bens, porque a soberania de seus corpos e mentes não é reconhecido. Lutamos contra o tráfico de mulheres, meninas e meninos. Apelamos a todos para a mobilização em conjunto, em todo o mundo, contra a violência contra as mulheres. Defendemos a diversidade sexual, o direito à auto-determinação de gênero e somos contra todos a homofobia e a violência sexista.
Propostas de ação
O documento finaliza apontando a direção: O Dia de Ação Global contra o Capitalismo será em 12 de outubro, quando se expressará de inúmeras formas nossa rejeição a um sistema que está destruindo tudo em seu caminho. Os movimentos sociais do mundo avançarão para uma união global com o obejtivo destruir o sistema capitalista. (fonte da Declaração - Via Campesina)
Segue o vídeo que está em francês, em breve será traduzido pelos tradutores voluntários.

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