domingo, 15 de agosto de 2010

Serra aparece em uma favela. Mas era um cenário para a propaganda eleitoral.

Victor Zacharias

Você deve ter pensado que o José Serra resolveu se aproximar do povo, mas é uma nova estratégia para  tentar vencer a Dilma. Quer ficar parecido, na sua origem, com Lula, um homem do povo. Por isso, nas primeiras inserções dos anúncios de TV do famoso horário eleitoral, aparecerá em uma favela fazendo o seu discurso. Quem sabe ele não ganha um Oscar por isso?
O cenário foi construído em um estúdio da zona oeste para esta historinha de 'faz de conta', agora, fala sério: Seria isso uma manipulação descarada para enganar o povo? Ou será que ninguém sabe que esta cena é impossível, pois ele não gosta de aglomeração, tem medo de pegar doenças, e de violência, pois vive cercado de seguranças.
O pagode
Numa laje da "favela", de 7 metros por 3, o tucano ouviu o quinteto Novos Malandros tocar o jingle: "José Serra é um brasileiro, tão guerreiro (ou brahmeiro?) quanto eu. Estudou, batalhou, foi à luta e venceu. Esse Zé já conheço, já sei quem é."
E tem mais, usará o nome do Lula em outro jingle, que ele e os atores contratados irão cantar: "Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá, o Zé Serra eu sei que anda, é o Zé que eu quero lá."
Aposto que você está rindo deste capítulo 'Favela" da novela do Serra.
O hipocondríaco
Para além da tentativa de popularizá-lo, o fato é que Serra entra nesta eleição mais magro, mais branco - resultado da mania de passar protetor solar, inclusive na cabeça - e mais preocupado com a alimentação. À base de frutas, refrigerantes light sem gás e muito energético, o tucano vai tocando a campanha sem perdoar os maus hábitos dos outros. "Ele não pode ver alguém pedindo queijo quente que já fala: "Mas é queijo branco, né?"", conta Soninha. "Ver alguém comer bacon, então, é inaceitável."
Globo News
Ontem assisti na Globo News o Waack em seu programa discutindo com mais 3 pessoas especialistas em eleições, todos cabisbaixos procurando uma saída estratégica para o Serra conseguir ultrapassar a Dilma, em vários pontos da entrevista se via que não a encontravam.
Entendiam que Serra tenta comparar biografias e capacidade administrativa e Dilma as realizações do seu governo, junto com o presidente Lula, versus o mal avaliado de FHC.
A certa altura o publicitário que estava presente, Emanuel Públio Dias, ESPM, disse que nunca viu em pouco tempo uma situação como essa apresentada nas pesquisas ser revertida, nem com grandes bombas, como creêm alguns.
Maquiavel
Tudo isso me faz lembrar a frase: Não precisa ser bom, basta parecer bom. Serra quer parecer humilde, de origem pobre e próximo do povo. Acho que é demais da conta.
(com informações do Estado)

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