sábado, 17 de julho de 2010

Dunga, a Globo e a política.

Victor Zacharias

Para quem ainda não viu eu acho que vale a pena, é muito engraçada esta paródia que o Pablo Peixoto, em cima do filme "Um dia de fúria", fez da briga do Dunga com a Globo.
Já vou avisando que tem palavrão, mas muito bem colocados.
Esta é parte do filme que o Michael Douglas, farto da injustiça e falsidade reinantes no mundo, vai a uma lanchonete fast food e pede o tradicional hamburguer, que é completamente diferente do que aparece na foto. Mais uma vez enganado começa a fazer justiça com suas próprias mãos.
Críticas sérias podem ser feitas com humor, aqui há um elogio à maneira de como o ex-técnico da seleção tratou a toda poderosa Rede Globo, diga-se cada vez menos poderosa, mas ainda muito forte.
A revolução para a democracia da mídia continua e como nas revoluções que tentam tirar ditadores do poder, até o dia da vitória, muitos são torturados e outros acabam morrendo. O Dunga não resistiu e foi tirado da roda comercial do futebol, mas, na questão de combater o oligopólio da mídia, ele fez o seu papel. Hoje sabemos que pela primeria vez tentou-se alterar a audiência da Globo pelo massacre que ela fez ao técnico da seleção brasileira e os resultados foram tímidos, mas de alguma forma houve mobilização. É um alerta que mostra que é possível afetar o que os donos das concessões públicas mais querem: audiência.
Em função disso lembro que esta é uma das diferenças entre os candidatos à presidência, um deles evidencia sua submissão completa e irrestrita aos interesses da mídia comercial, inclusive serrando jornalistas que fazem perguntas incômodas, mesmo que este corte aconteça na televisão dita pública.

Um comentário:

Greg disse...

Admiro os meninos da Vila. Continuam dançando.
Cá entre nós e o Dunga. Que bom que os dois fenômenos da vila não foram para a Copa.

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