terça-feira, 2 de março de 2010

A Copa do Mundo no Brasil abre no Rio ou na capital dos paulistas?

Guilherme Mendes

Uma verdade inconveniente

Nação Palestrina,

Nesta última semana o estádio do Morumbi foi mais uma vez massacrado pela imprensa, em virtude de sua inadequação para receber a abertura da Copa do Mundo ou até mesmo partidas decisivas do mundial.

O assunto envolve inúmeros interesses econômicos, políticos e empresarias, além das paixões clubísticas.

Agremiações à parte, o que desconsideraria grandes paixões, tanto de corinthianos como de são-paulinos, a disputa parece residir em outra esfera.

Como sabem, o Blog do Trio esteve presente no Seminário Internacional da Copa do Mundo, realizado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

No evento, pudemos ter ciência da grandiosidade dos números envolvidos no torneio e as oportunidades que a simples realização de um jogo pode significar para uma cidade ou região.

Ficou demonstrado que, em termos econômicos, a abertura da Copa é muito mais relevante que seu encerramento.

No início há 32 países envolvidos; na final, só 2.

A festa de abertura é muito maior que a oferecida na decisão.

A maior importância, como evento esportivo, está na abertura; enquanto fato futebolístico, está na final.

Por essas e outras razões, há o interesse carioca em concentrar abertura e encerramento no Maracanã.

Essa não seria nenhuma novidade, visto que o Mundial deste ano terá em Joanesburgo seu marco inicial e final.

No entanto, essa é uma decisão de grande custo político.

Quem pagaria o alto preço por desagradar São Paulo?

O governo do Rio de Janeiro, em parceria com a CBF, vem trabalhando nos bastidores para que isso aconteça.

Daí a razão para a "fritura" pública do Morumbi e a dúvida em relação à cidade de São Paulo.

Há quem diga que a vitória carioca já está sacramentada e só não foi anunciada por estarmos em ano eleitoral, algo que causaria incômodo tanto ao Presidente Lula, quanto ao Governador Serra, que sairiam "queimados" com o povo paulista.

O fato é que o Rio exerce, principalmente no futebol, uma força muito além das suas capacidades políticas e econômicas.

Está na hora de estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais fazerem valer o seu peso no desenvolvimento econômico do país.

Senão, aquela máxima de que "manda quem pode e obedece quem tem juízo" vai acabar mudando para "manda quem tem padrinho, obedece quem é trouxa".

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