quarta-feira, 31 de março de 2010

A comunicação ruma para a democracia, por isso a luta foi ampliada com a formação de uma Frente.

Victor Zacharias

Formada a Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão.

Pela primeira vez, depois da Confecom, aconteceu uma plenária em São Paulo, dia 27/3, no Sindicato dos Engenheiros, para retomar os caminhos da luta pela democratização da comunicação social, solidificação do direito à comunicação entre os direitos humanos, e o estabelecimento de que o conceito da liberdade de expressão é muito diferente da limitada liberdade de imprensa, a qual é dependente do fator econômico.
A mesa que abriu a Plenária fez uma retrospectiva dos avanços que foram conseguidos pela Confecom da qual participaram três setores: empresários, governo e sociedade civil. Foram 670 propostas aprovadas que ao serem implementadas mudarão o panorama das comunicações no Brasil. Ficou claro que algumas entidades significativas não quiseram participar das discussões, porque se sentem muito confortáveis com o modelo atual, mas a jornalista Renata Mielli, que fazia um resumo do ponto de vista da sociedade civil, comentou: "Quem saiu perdendo foram os que não participaram pensando em deslegitimar as decisões da Conferência".
O jornalista Joaquim Palhares foi quem falou pelos empresários da comunicação. Ele começou dizendo que: "Olhando do lado positivo, o "bloco foi posto na rua" e algumas estruturas foram abaladas ou com certeza mexidas". A prova disso é a mobilização que tem sido feita pelos que discordam da real democracia na mídia, eles realizaram uma conferência de mídia pelo Instituto Milenium para discutir quais devem ser as reações deles, que são a parte conservadora do setor, pois os ventos para a liberdade de expressão na América Latina são favoráveis às mudanças. "A comunicação é estratégica para essa gente que faz guerra, invade, ganha eleições e está vinculada aos grandes capitais internacionais", disse Palhares. Sabe-se que no Estados Unidos, que sofre do mesmo problema, a mídia alternativa cresceu muito. Eles estão preocupados com as mesmas coisas que nós estamos: concentração de poder. Por falar em alternativa, veículos, produtores, empresários, blogueiros, empreendedores constituíram a Altercom, uma associação que pretende lutar principalmente pelo lado político e econômico dos que pensam diferente. Quanto a posição do governo, Palhares disse: "O governo deveria ter tomado uma posição mais forte, mas não o fez porque foi covarde". Ele crê que as mudanças virão via partido, poder e mobilização das organizações sociais. Finalizou dizendo: "Ter um governo progressista é bom, mas é preciso empurrá-lo."
Quem falou do lado do poder público foi a Deputada Erundina, figura permanente nas discussões de mídia, "O governo não estava afim de fazer a Confecom, é muito submisso a mídia, ao empresariado e empurrou a decisão sobre a Conferência o mais que pode" disse Erundina. É fácil entender que na Confecom o número total de resoluções aprovadas, 670, expressa a alta mobilização da sociedade que acumulou forças e grande experiência organizativa.
O novo presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática do Congresso Nacional é o Deputado Eunício Oliveira do PMDB(CE) que é detentor de outorga, a Deputada Erundina se antecipou a qualquer coisa e já o informou que é importante continuar com o processo iniciado na Confecom.
Nesta época de eleição é preciso chamar os parlamentares para um debate público sobre comunicações e buscar um compromisso deles com esta luta. Hoje, disse a deputada, a discussão mais importante no Congresso, do tema comunicação, é o Plano Nacional de Banda Larga, porque nele poderá ser utilizado o recurso do FUST que é de aproximadamente R$9 bilhòes, por isso mesmo muitos empresários já estão atrás e esperam ansiosamente uma audiência pública, outro assunto que também chama atenção é a Norma Civil da Internet. No sentido de agilizar as conquistas iniciadas, ela entende que algumas coisas podem ser feitas via decreto e recomendou a importância de haver um interlocutor oficial dos movimentos pró democracia da comunicação reconhecido pelo governo e pelos empresários. Finalizou dizendo que: "saímos do marco zero, e agora a tarefa é criar no poder público uma frente parlamentar para pressionar as questões aprovadas pela Confecom, isso é urgente".
Na parte da tarde a Plenária discutiu a respeito da formação, entre as entidades presentes e as interessadas na luta pela democracia, de uma nominação para este grupo pós Conferência. Após várias propostas foi aprovado o nome: Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão. O evento foi encerrado com a apresentação do resultado da eleição de 11 temas, entre 50 propostas das aprovadas pela Confecom, que foram sendo escolhidas durante a semana anterior e também no dia da Plenária.
A luta pela democracia não vai parar, por isso o próximo encontro da Frente Paulista foi marcado em meados de abril, a data será definida posteriormente.

terça-feira, 30 de março de 2010

A vida do Hiena. Um operário militante revela a verdade da luta.

Victor Zacharias

No dia 10 de abril será lançada mais uma obra literária do escritor Moacyr Pinto, esta conta a vida de Ediberto Bernardo dos Santos, o Hiena, um negro pobre nascido na Bahia que vem para São Paulo ganhar a vida como tantos outros nordestinos.
Sua trajetória é sofrida e marcada pela luta para sobreviver em uma sociedade desigual e oprimida pela ditadura.
No trabalho como operário na GM em São José dos Campos se viu em meio a uma greve durante a ocupação da fábrica, a partir daí se tornou um militante das lutas operárias e nunca mais parou. Reprimido pela polícia constantemente acaba perdendo o emprego e vai parar na cadeia. Agora, em uma nova etapa da sua vida, como sociólogo, Hiena, porque sempre fez sociologia de campo com o próprio corpo, experimentou durante 7 anos como é viver nos presídios paulistas, tendo ele inclusive anotado as cenas de riso, ainda que de dor ou ironia, que lá observou. Pesquisador de sorte, Hiena já estava dentro do sistema quando o PCC foi criado e com ele conviveu durante boa quantidade de anos. Libertado e sem suporte nenhum volta para a casa a mãe na Bahia.
Hiena foi anistiado político pela greve acontecida em meados de 1985 na qual tinha sido um dos líderes e hoje quer revelar toda a verdade nesta história e discutí-la sem concessões para nenhum dos lados.
O autor Moacyr Pinto da Silva é paulista, tem 60 anos, sociólogo e educador aposentado; vive atualmente em São José dos Campos/SP onde, em 1984, conheceu Hiena quando este era operário na General Motors do Brasil e ele assessor da diretoria do sindicato dos trabalhadores metalúrgicos local.
Livro: Hiena. Minha revolta não se vende. Editora Mogiana. São José dos Campos. 2010.
Contato com o autor: moacyrpintos@ig.com.br telefones: (12) 3913-5466 e (12) 9731-1708

segunda-feira, 29 de março de 2010

Luta, substantivo feminino. Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura.

Daniela Custódio

No último dia 25 de março de 2010 foi realizada atividade de lançamento do livro Luta, substantivo feminino – Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura. O evento foi marcado pela presença de diversas pessoas que lutam pela garantia do acesso integral aos Direitos Humanos.
O livro traz depoimentos de mulheres que sofreram um dos maiores crimes que se pode cometer contra a humanidade, a tortura, mas viveram para contar sua historia de terror e denunciar seus ofensores estimulando a realização de novas lutas, como diz Maria Victoria Benevides na orelha do livro: "Há que conhecer a verdade para que a barbárie não se repita. Nem perdão, nem talião: justiça!"
As falas programadas trouxeram a experiência de vida dos convidados emocionando a todos os presentes. Um dos momentos mais emocionantes foi quando houve a chamada dos nomes das mulheres que prestaram depoimento para a composição do livro, levantando-se uma a uma e sendo aplaudidas pelos presentes, ao final todos estavam em pé com os olhos mareados. Foi lindo!
O evento ressaltou a importância da manutenção da luta pelo respeito aos direitos de todos indistintamente e o papel que a universidade já teve e tem nesta história recente do país.
Paulo Vannuchi da Secretaria Especial de Direitos Humanos lembrou que a proposta do livro não é revanchismo, mas um exercício de democracia, é uma proposta de educação em Direitos Humanos, respeito ao outro nos parâmetros da liberdade, igualdade, diversidade e solidariedade.
A mídia deve participar ativamente deste processo e todos devem estar atentos para o encaminhamento que será dado ao assunto pelo próximo governo.
Sobre o PNDH 3 é importante evidenciar que ele defende a liberdade de imprensa. existem três ou quatro pontos que serão modificados, mas não para serem eliminados, a essência da proposta será mantida.
Para Nilceia Freire da Secretaria Especial de Política para as Mulheres há um chamamento da mídia para a parceria, não há reconciliação nacional em torno da mentira e da fraude. Precisamos construir uma sociedade em que os Direitos Humanos sejam uma realidade.
O livro é um importante marco no resgate do papel da mulher no processo de reconquista das liberdades democráticas e da construção e reconstrução da democracia brasileira, as mulheres participaram ativamente do processo de luta nos anos de resistência a ditadura.
O lançamento deste livro foi a primeira atividade a que compareceram os representantes das Secretarias Especiais com o “status” Ministros, antes só usado por deferência, agora com valor jurídico face à Medida Provisória assinada pelo Presidente da República, o que visa assegurar a continuidade do trabalho que se realiza atualmente também nos próximos governos.

O ritmo do Santos está sendo mantido à risca: 5 X 0

Nelson Gomes.

Amigos do G.A.S. e Nação Santista, para não perder o pique, os Meninos do Peixe não deram bola para o Monte Azul ontem na Vila famosa. O Cirque Du Soleil mais uma vez deu show. Os destaques super-especiais foram o Ganso e o Marquinhos, ambos tiveram atuação irrepreensível. Eles marcaram 2 gols cada um e André completou o placar. A classificação em primeiro lugar está bem próxima. Esta semana tem descanso para a garotada e somente no próximo final de semana enfrentaremos o São Caetano fora de casa. (PS - é bom lembrar que a dança da molecada, que muitos querem chamá-la de desrespeitosa, não foi feita, porque os jovens jogadores profissionais do Santos respeitaram o falecimento do avô do jogador André. Os gols foram celebrados de modo alegre como o vô faria. Lembro que os ditos sérios como Adriano, Wagner, Ronaldo, Romário e outros cometem barbaridades não há menção de "adultada" desrespeitosa - Victor Zacharias)

domingo, 28 de março de 2010

Palmeiras está contundido.

Guilherme Mendes

Nação Palestrina,

Nossos problemas não estão somente dentro das quatro linhas.
O desempenho da equipe e as recentes e intermináveis contusões de nossos atletas demonstram, ao meu ver, que nosso Departamento Médico e a preparação física também apresentam sérias dificuldades.
Os jogadores estão visivelmente fora de forma.
Até times do interior, sem a estrutura faraônica dos grandes clubes, têm mais fôlego do que nós.
Isso não se deve ao início da temporada, pois todos estão nesta mesma fase.
Quando Moraci Sant'Anna foi contratado para reestruturar nosso centro de treinamento, foi duramente hostilizado pela Administração Mustafá ao dizer que nosso equipamentos físicos estavam com uma defasagem de mais de 20 anos.
Quem será que estava certo?
Na última partida Lenny se contundiu novamente.
Maurício Ramos está há meses no estaleiro.
Marquinhos não se cura nunca. Uma hora é a hérnia, outra hora é o púbis.
Lincon e Éwerton também sentiram desconfortos musculares.
São Marcos está todo quebrado.
No passado, Munhoz preferiu ir se tratar na Colômbia a cuidar-se no Palmeiras.
Azar, coincidência ou incompetência?
Corinthians e São Paulo têm centros de referência quando o assunto é reabilitação física.
Mais uma vez, se não abrirmos nosso pensamento e se nossa Diretoria não entender que no futebol moderno a condição física é mais importante que a capacidade técnica, continuaremos a tomar gols e mais gols dos Rio Brancos da vida….

sexta-feira, 26 de março de 2010

Juízo dos Nardoni é uma aberração.

Eduardo Guimarães - cidadania.com

Toda vez que começo a escrever tento me convencer de que, daquela vez, conseguirei contornar um fenômeno que vem se mostrando inexorável e que venho tentando entender e contornar no decorrer destes anos em que me tornei blogueiro. Como evitar, em temas polêmicos, que uma parcela dos leitores leia o que não escrevi?
Por exemplo: se eu disser que o julgamento dos Nardoni está sendo injusto haverá quem diga que os estou defendendo, apesar de que simplesmente estou manifestando meu inconformismo com a forma como o casal está sendo julgado.
É óbvio que as evidências são muito fortes e que os réus não conseguiram oferecer uma única versão minimamente crível para o que aconteceu com uma criança que estava sob sua guarda. Só esse fato já seria suficiente para colocá-los em um nível de desvantagem difícil de ser revertido. Não existe, pois, a menor necessidade desse massacre.
Há pouco, enquanto começava a escrever, assistia, pela Globo News, a entrevista coletiva do defensor dos Nardoni, o advogado Roberto Podval. Uma multidão de jornalistas o bombardeava não só com perguntas, mas com agressões verbais. E ressaltemos que não estamos falando da massa histérica que cerca o local do julgamento e que chegou a agredir o advogado fisicamente.
Nessa entrevista, os jornalistas debatiam com Podval de uma forma inacreditável. Não consegui entender o que pretendiam tirar dele, que suava e se exasperava e dizia uma grande verdade que venho dizendo aqui, de que essas pessoas que estão pedindo condenação sumária dos Nardoni se arriscam a um dia serem vítimas de uma Justiça que pode ser coagida a julgar desta ou daquela forma.
Não importa se os Nardoni são culpados ou inocentes. O que importa é que, mesmo sendo culpados, têm direito a um julgamento justo, o que não é possível quando o público só falta levar pipoca e refrigerante ao “espetáculo” do seu linchamento.
Esse julgamento está sendo perda de tempo. Os Nardoni já estão condenados. Inclusive devem merecer a condenação da qual é certo que não conseguirão escapar, mas não serão só eles as vítimas desse processo legal farsesco. A Justiça será a principal vítima.
Da forma como esse julgamento está transcorrendo, tenho a impressão de que haverá boas chances de ser anulado posteriormente, talvez até favorecendo os réus e lhes facultando impunidade.
O julgamento deveria, obrigatoriamente, transcorrer em serenidade, mas se converteu em linchamento. E não será linchando que se fará justiça. Um processo como esse tem que ser livre de pressões aleatórias, midiáticas e de turbas, pois julgamentos justos são a base de um Estado Democrático de Direito que está sendo pisoteado.

4 X 2: O show aconteceu mesmo sem 3 grandes estrelas.

Nelson Gomes

Amigos do G.A.S. e Nação Santista.

Ontem em Ribeirão Preto tivemos um dos mais difíceis jogos do campeonato paulista, mas deu para fazer a dança dos pinguins (foto). Além do Botafogo fazer uma marcação bastante forte sobre os nossos jogadores, eles encararam de frente a nossa equipe. Tanto que quando marcamos o primeiro e o segundo gol, eles empataram logo em seguida. No decorrer do segundo tempo a maior categoria do Peixe prevaleceu. O Ganso, o Marquinhos, o Madson e principalmente o Arouca fizeram a diferença. No meu entender foi a melhor partida do Arouca com a camisa do Santos, jogou muito. Os gols foram marcados pelo Ganso (golaço), Marquinhos mais dois e o Zé Eduardo por último, também golaço. A lamentar a atuação do juiz, que não deu um pênalti claro sobre o André e o bandeirinha que anulou um gol legítimo do Ganso. Agora é jogar para ficar no primeiro lugar da tabela, pois o Santo André não está dando moleza. Domingo tem mais Santástico, com o Monte Azul na Vila, com Neymar e Wesley de volta. Previsão: Novo show com goleada. E dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Santos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ronaldo xinga torcedores da sua BMW, depois de perder gols e o jogo.

Victor Zacharias

Jogadores de futebol são figuras públicas e servem de exemplo principalmente para as crianças que já tem uma educação, pela escola pública, que deixa a desejar, e para completar aprendem com as péssimas referências dos tidos como os melhores no futebol, o maior de todos os esportes brasileiros.
Estes jogadores elogiados pela sua perfomance pontual em alguns jogos, parte do marketing para faturar em cima da emoção do torcedor, têm aparecido, muitos deles, nas páginas policiais da grande e comercial imprensa como por exemplo: Adriano, Wagner Love. Outros aparecem com travestis, nas boates, e apesar da grande experiência, ofendem torcedores do clube que reclamam justificadamente contra os péssimos resultados obtidos "versus" o alto investimento do feito.
Ontem, em Barueri, depois de perder vários gols, o atacante Ronaldo quando saia do estádio fez gesto obsceno para os torcedores antes de entrar no seu carro importado, conseguido graças à torcida que hoje ofende.
Nestas horas tem sempre alguém com um celular para tirar uma foto da baixaria do jogador de futebol e comprovar o fato, o que nem precisaria, porque a falta de vergonha deles a gente vê no campo. (a foto foi copiada do site do yahoo).
É claro que desculpas irão aparecer, mas que é mais uma atitude condenável do Ronaldo, isto é.

Palmeiras participa do péssimo desempenho dos times paulistanos.

Guilherme Mendes

Nação Palestrina,

O que está acontecendo com os times de São Paulo? Nosso resultado foi horrível, considerando a posição na tabela, mas como explicar o desempenho de Corinthians e São Paulo? Ninguém está jogando nada. É claro que eles levam vantagem por estarem na Libertadores e próximos à classificação no Paulista, mas algo está errado com os grandes da capital. Não há explicação para derrotas frente a Bragantino e Paulista, tampouco para empate contra o Rio Branco. No nosso caso é flagrante o descontrole emocional que a equipe apresenta, não é de hoje. O Palmeiras não sabe lidar com a pressão de vencer e quando sai na frente não tem a tranquilidade para manter o resultado. Chego à conclusão que a conturbada política interna do clube tem gerado reflexos dentro de campo. Desde a saída da Parmalat, quando o domínio sobre o departameto de futebol era absoluto, nosso time vem sofrendo com as oscilações de ânimo dos atletas. Parece que ninguém tem calma para trabalhar. Some-se a isso o fato de, ao perceberem não haver um comando rígido, alguns atletas aproveitarem suas condições de “líderes” para rachar o elenco. Não entendi as declarações de Danilo sobre Armero no intervalo. Quem deu ao zagueiro o status de xerife? Antonio Carlos errou novamente no jogo desta quarta. A entrada de Márcio Araújo matou os avanços pela direita. O treinador está querendo ousar sem sequer ter dado padrão tático ao time. Não sei o que será de nós nesse Campeonato Brasileiro. Demitimos os melhores treinadores do país, não temos expectativa de grandes contratações e o ambinte político do clube tende a esquentar com a proximidade das eleições para Presidente. Esse conjunto de fatores pode ser desastroso para um time que não apresenta evolução alguma e também não tem perspectivas de melhora. Se não houver um pacto interno – entre situação e oposição – para tranquilizar elenco e treinador, temo que em 2010 voltemos a assistir o filme de 2002. Acorda, Palmeiras!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Rede Globo, Jovem Pan, políticos e o futebol. Quem merece o cartão vermelho?

Victor Zacharias

Nos últimos dias tenho ouvido na conservadora rádio Jovem Pan AM matérias e mais matérias falando da limitação de horário para jogos de futebol em São Paulo.
Os vereadores aprovaram a lei, mas o prefeito Kassab ainda não a sancionou. Será medo?
A lei foi criada e aprovada por que os jogos estavam terminando muito tarde e os torcedores corriam vários riscos, dentre eles:
1- não haver condução de volta para casa;
2- falta de segurança na cidade de São Paulo e
3- dormir tarde com certeza fará com que cheguem atrasados ao emprego no dia seguinte ou tenham o rendimento no trabalho afetado pela noite mal dormida principalmente se o time dele perder.
Tudo indica que a lei é boa para a população, nada mais lógico que os representantes do povo aprovarem leis que beneficiam a maioria, afinal nosso regime político é uma democracia.
Porque então o prefeito não sanciona? Bom, para ter certeza que a lei é realmente desejada pelo povo o prefeito pediu mais uma audiência pública. Precisava? Não.
Na audiência foram lá os defensores da lei e do povo e os que são contra a promulgação da dita cuja.
Os do contra, quem são eles? Nada mais, nada menos que a Confederação Paulista de Futebol e a Globo, além de alguns vereadores aliados.
Qual o interesse da rede Globo? Ela precisa que o jogo de futebol aconteça depois do horário nobre (20/22h), horário das novelas, ou seja bem tarde para os trabalhadores. Se o jogo for mais cedo ela perde dinheiro. A Globo também manda no horário dos jogos.
A Jovem Pan AM, que não é tão santa assim, defende a antecipação, porque se a Globo não transmitir os torcedores ouvirão as partidas pelo rádio e a audiência aumentará. A Jovem Pan ganhará mais dinheiro.
No fundo nenhum dos dois está pensando no povo, estão pensando nos seus próprios interesses, no lucro que cada um deles poderá ter.
Comentário número 1
Qualquer emissora, de rádio ou de TV, é uma concessão pública, e como tal devem procurar os interesses públicos e não privados. Não devem utilizar um bem público para "auferir" lucros acima de tudo, na concessão pública os interesses do povo está acima de tudo.
Comentário número 2
Quem manda nas questões públicas são os políticos que representam o soberano povo. Eles não precisam se dobrar perante a rede Globo e sim ao povo. Mas, tudo indica que eles têm medo dos concessionários de rádio e tv.
Será que as emissoras quando são contrariadas podem perseguir políticos?
Falar mal sem motivo ou razão? Será?
O que dá para entender da atitude dos políticos é que em época de eleição todo cuidado é pouco. Nestas horas o medo aumenta.
Comentário número 3
A briga no fundo no fundo é entre a Globo e a Jovem Pan, ou rádio e a tv.
Depois de entender a verdade deste fatos, chegamos a conclusão que, tal qual a reforma política, é preciso regulamentar as comunicações no país para que acabe este uso inadequado das concessões públicas, (públicas quer dizer "do povo").
Digo não à censura e sim à regulamentação das comunicações. Liberdade de imprensa enquanto empresa, não, o sim vai para a liberdade de expressão para que se cumpra o direito à comunicação, um dos principais direitos humanos.
O dia da eleição tá pertinho. Para quem você vai dar o cartão vermelho?

terça-feira, 23 de março de 2010

Futebol como ele era e ainda é em alguns lugares.

Guilherme Mendes

Amigos do Cartão Laranja e do BlogdoTrio,

Nesta manhã de domingo fui, mais uma vez, assistir a um dos maiores espetáculos para aqueles que amam o futebol de verdade. Acompanhando amigos que ainda não tinham vivido essa emoção, fui os estádio Conde Rodolfo Crespi – a Rua Javari – assistir ao meu Juventus contra a Penapolense, pela Série A – 3 do Campeonato Paulista. Chegamos, paramos o carro na porta e nos dirigimos à bilheteria para comprar, tranquilamente, nossos ingressos. Inteira: R$ 10,00. Movimentação tranquila na saída do jogo. Trata-se de uma experiência única, principalmente nos tempos de tira-teima, grandes arenas, craques milionários, etc.. Lá o futebol é jogado como antigamente. O estádio é confortável e acolhedor. Sente-se em casa quando se está na Javari. Mas o mais mágico é a proximidade da torcida com o jogo. Ouve-se os gritos dentro de campo, conversa-se com o técnico no banco de reservas (fizemos isso durante a partida), além de se discutir com o bandeirinha. Lá o torcedor participa da espetáculo.

Torcedor tranquilo assiste a um momento de tensão do jogador reserva da Penapolense. Aqui a torcida joga junto. Acredito que poucos amantes do futebol viveram essa experiência de observar um jogo de forma tão simples e romântica. Principalmente as novas gerações não sabem o que estão perdendo ao poderem, ainda, assistir a jogos assim. Ali está a essência do esporte: vontade, garra, talento e improvisação. No Juventus a atração é o jogo. Não há hits no intervalo, mascotes de pelúcia, dançarinas na beira do campo.
A torcida juventina sempre com o time e infernizando o goleiro adversário. Outra marca registrada da Rua Javari é o famoso canolli: canudinho de massa folhada com recheio de creme.
Canolli e Juventus: duas paixões! São coisas como estas que fazem de São Paulo uma cidade encantadora. Poucos clubes são tão tradicionais como o Juventus. Além disso, o time, a torcida e o estádio parecem ser como querem ser, sem grandes badalações, movimento e confusão. Na Javari a torcida parece estar vendo ao jogo do filho no campeonato da escola. A paixão está por todo lado.
Torcida inebriada. Enfim, essa é a mágica Rua Javari. Quem conhece não esquece, quem ainda não conhece tem que ir. Ah! O jogo acabou 1 x 1.

segunda-feira, 22 de março de 2010

9 X 1, mais um show do Cirque du Soleil

Nelson Gomes

Amigos do G.A.S. e Nação Santista.

Como se sabe, uma imagem vale mais que mil palavras (foto abaixo). Os Meninos da Vila estão cada vez mais fantásticos, senão vejam: André 3, Ganso 2, Madson 2, Maicon Leite e Zé Eduardo, 1 gol cada. Resultado: 9 a 1. O erro crasso do Ituano foi marcar primeiro. Isso provocou os garotos e aí começaram as traquinagens. Um convite para diversão: Amigos, não sei quem de vocês tem escutado o programa Esporte em Discussão, na Radio Jovem Pan, AM 620, de 2ª a 6ª feira, as 13h00. Quem puder ouça, o conhecido comentarista e apresentador Flávio Prado, torcedor da Ponte Preta, adotou o Santos F.C. como sendo seu xodó e a partir daí, alguns membros do programa, enciumados com os elogios dele, passam a desdenhar o Peixe e aí começa uma gozação bastante interessante. Vocês vão gostar. Hoje a discussão deve ser muito legal, principalmente pelas derrotas do Corinthians e Palmeiras. Brincadeiras à parte, acho que o técnico do Botafogo está muitíssimo preocupado.

domingo, 21 de março de 2010

O Estádio do Morumbi agora é sede da Copa, mas, pelo lobby carioca, a abertura e o encerramento deverão ser no Rio.

Guilherme Mendes

Amigos do BlogdoTrio e do CartãoLaranja,

Finalmente o Morumbi foi anunciado como sede da Copa. Essa semana um “novo” projeto apresentado pelo SPFC recebeu o aval da mandatária do futebol e garantiu a participação de São Paulo no Mundial. O estádio passará a ter capacidade para 65 mil expectadores, podendo receber jogos das semifinais. A questão agora passou a ser a abertura da Copa. Como noticiei aqui no Blog do Trio, o lobby carioca para levar abertura e encerramento para o Rio permanece grande. Caberá mobilização ao povo de São Paulo para que isso não aconteça. Voltando ao projeto remodelado, o estádio terá apenas dois andares de arquibancadas e o campo será rebaixado para melhor visibilidade. Outra exigência atendida foi o planejamento de uma área de hospitalidade com o objetivo de receber vips e convidados da FIFA. Segundo o secretário-geral, Jerome Valcke, a preocupação no que tange ao estádio paulista é a capacidade de execução daquilo que está no projeto. O plano é bom, agora é preciso cuidar da concretização. Com a proximidade do Mundial deste ano, a FIFA concentrará seus esforços para o iminente evento, relegando, momentaneamente, a um segundo grau a Copa de 2014. Particularmente, fiquei feliz com o desfecho dessa “disputa”, mas reitero que, como cidadão, não posso aceitar que nenhum tostão público seja gasto para a reforma do estádio. E que a Copa venha pra cá!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Criança e Consumo: é este o mundo que queremos?

Victor Zacharias

Aconteceu ontem, 16/3/10, bem na Av. Paulista, o emblemático centro dos negócios, no espaço do Itaú Cultural, o primeiro dia do terceiro Fórum Internacional Criança e Consumo realizado pelo ousado Instituto Alana.
A primeira coisa que me chamou atenção foi a nova produção de conhecimento que o Alana disponibilizou sobre o tema nos livros que lançou: Honrar a criança. Como transformar este mundo e mais outros cinco volumes dedicados ao entendimento, pelo ponto de vista dos especialistas nacionais e internacionais, da relação entre a criança e o consumo este que é grandemente promovido pelos meios de comunicação sem nenhuma regulação.
O tema do Fórum deste ano é o mesmo que dá título ao livro: Honrar a criança que é explicado pela Ana Lúcia Villela no prefácio: "...é nosso dever proteger, educar, amar e respeitar, enfim, honrar a criança." Ela ainda diz em outro trecho: "Ao observar os recreios das escolas, as brincadeiras criativas estão cada vez mais escassas e a valorização da nossa cultura também. Somos um país em que as crianças passam mais horas diante da televisão. Isso gera imitação de atitudes violentas, a convivência com a erotização muito precoce, uma grande apatia, uma maior propensão à obesidade, entre outros graves problemas."
Durante a mesa a primeira pessoa a falar foi a Cenise Monte Vicente, mestre em psicologia social e autora de vários livros, com grande experiência de políticas públicas. Cenise tomou como eixo de sua palestra os direitos fundamentais descritos no Estatuto da Criança e do Adolescente, capítulo II: Do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. Cenise esteve na luta pela implantação da Classificação Indicativa para os programas de TV e notou como existe uma enorme resistência da mídia em adotar algo que só traria benefícios à criança, mencionou que uma grande rede de TV difamou a Andi (Agência de Notícia dos Direitos da Infância) junto aos apoiadores porque era contra esta regulação.
Esta é umas das atitudes da mídia que reflete a falta de delicadeza com que as concessionárias de rádiodifusão tratam este assunto, se submentendo completamente ao mercado e seus desejos.
A palestrante internacional foi a inglesa Corina Hawkes que discorreu sobre as estratégias que o marketing utiliza em todo mundo e também no Brasil para estimular o consumo infantil, principalmente de alimentos de baixa qualidade, usando prêmios e brinquedos como forma de atrair as crianças.
Ela mostrou que as sociedades de 24 países desenvolvidos e democráticos aprovaram leis que regulam ou restrigem, nos meios de comunicação, as propagandas e promoções dirigidas ao público infantil.
Guilherme Canela coordenador da área de comunicação e informação da Unesco no Brasil, comenta que se o mercado pede regulação ao governo para o sistema financeiro a regulação do meios de comunicação não deveria ser mal vista.
A mídia tem feito uma proposital confusão entre regulação e censura, obviamente são coisas completamente diferentes.
Guilherme fez uma detalhada exposição sobre a evolução dos direitos da criança até os dias de hoje. A criança tem que ter, como é constitucional, prioridade absoluta, e em uma eventual disputa entre "Mídia X Criança", é esta última que deverá ser protegida.
É importante dizer que o Instituto Alana realizou uma pesquisa que mediu em São Paulo a percepção dos pais de crianças de 3 a 11 anos e alguns dos resultados merecem destaque:
- 73% dos pais concordam que deveria haver restrição ao marketing e a propaganda voltada para as crianças;
- As grandes preocupações dos pais com as crianças são: 80% - evitar a exposição à violência e 75% - ter uma alimentação saudável;
- Os pedidos mais comuns das crianças são os alimentos de baixa qualidade: - bolacha 82%, -refrigerantes 70% e salgadinhos 64%, que são consumidos algumas vezes por semana.
Estas preferências são provavelmente muito estimuladas pelas ações de marketing que envolvem propaganda na televisão e prêmios e brinquedos no ponto de venda.
O Fórum Internacional Criança e Consumo continua hoje e amanhã e começa às 19h no Itaú Cultural que fica na Avenida Paulista, 149, São Paulo, SP (próximo à estação Brigadeiro do metrô).

terça-feira, 16 de março de 2010

Choro de criança ou dos meninos da Vila Belmiro?

As opiniões do Santos sempre estão por aqui feitas pelo Nelson Gomes, torcedor do peixe, mas para ficar um pouco mais equilibrado coloco um texto do Guilherme Mendes, que faz o Blog do Trio e é palmeirense.

Nação Palestrina,

Não entendi o choro dos "Meninos da Vila". A garotada estava se divertindo jogando bola, mas, às vezes, a brincadeira acaba mal. O Palmeiras não foi violento. Marcou duro, na bola, e não foi, em nenhum instante, beneficiado pelo árbitro. Agora os dirigentes santistas vem à imprensa falar em complô. Mas que complô? Só porque todos queriam ganhar do Santos? Isso era normal e evidente. O time peixeiro era a equipe a ser batida no futebol brasileiro no momento. Todos queriam "bater" nos meninos. Mas, daí a haver uma armação para derrotar o Santos é um pouco demais. Até da dança dos nosso jogadores foi alvo de crítica. Se os "meninos" dançavam era manifestação de alegria. Quando os palmeirenses dançaram era desrespeito e provocação. Da mesma forma como o Santos conquistou essa sequência de bons resultados, sem qualquer interferência da arbitragem, o Palmeiras acabou com a festa santista sem qualquer tipo de irregularidade. Nem sempre o melhor pai é aquele que passa a mão na cabeça dos filhos. Às vezes, para que os meninos cresçam (e apareçam!) nada melhor que um bom puxão de orelhas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aconteceu, um dia o peixe iria perder.

Nelson Gomes

Amigos do G.A.S. e Nação Santista, o resultado mais justo seria um empate, mas isto não conta. O fato é que foi o jogo do ano para o Palmeiras, que se perdesse não teria mais chance para buscar a classificação entre os 4 melhores. O nosso time tem um grande ataque, mas peca em alguns fundamentos defensivos. Exemplo disso foi no primeiro gol, onde em uma cobrança de falta subiram 3 jogadores do Palmeiras para cabecear e nenhum dos nossos zagueiros. O Dorival Jr. precisa mostrar isso para a moçada. O importante é que no geral acabamos jogando bem e com certeza isso não abalará o nosso time. Inclusive isso vai dar mais força ao elenco. As falhas somente são percebidas quando o time perde e já que aconteceu, foi em um bom momento, ou seja, antes das semi-finais. Apesar do Wesley estar jogando muito, lateral direita não é a posição dele. O George Lucas precisa voltar o quanto antes. Ele voltando a fragilidade da defesa vai diminuir. Vale ressaltar a grande partida que fêz o Pará e o PH Ganso. Quinta-feira tem mais Meninos da Vila, agora em Belém, pela Copa do Brasil. Dá-lhe Peixe.

sábado, 13 de março de 2010

10 x 0 - Show, show, show, show !

Nelson Gomes

Amigos do GAS e Nação Santista. Assistimos um espetáculo de altíssimo nivel. Aliás, quem não viu, de um jeito de conseguir a gravação e assistir. Inclusive, quem conseguir a gravação me avise, pois vou querer uma cópia para guardar de lembrança. Os nossos meninos voaram baixo. Está certo que o Naviraiense é um time fraco, mas na partida anterior conseguiu segurar a nossa equipe, mas ontem não tiveram a mínima chance. Foi lindo: as tabelinhas, os lançamentos, as jogadas de efeito, foi uma autêntica aula, nela foi demonstrada a grande maioria dos fundamentos do futebol. Neymar, Robinho, Ganso, Marquinhos, André, Madson, Arouca e Wesley, eles foram além do normal. Esperamos apenas que o estoque de gols não tenha se esgotado, pois domingo a situação é totalmente outra e precisaremos jogar muito sério, pois os esmeraldinos estão machucados e precisam de reabilitação, aliás, será o jogo da vida do Palmeiras no Campeonato Paulista, se perderem, já era classificação. Bom amigos, domingo tem mais show. Meninos da Vila, parabéns!

terça-feira, 2 de março de 2010

Choradeira do TIMÃO NÃO diminue VITÓRIA DO PEIXE.

Nelson Gomes

Amigos do G.A.S.e Nação Santista, anteontem na vila vimos o melhor time de São Paulo jogar: particularmente acho que os garotos do Peixe respeitaram até demais os experientes jogadores do Corinthians. Não precisava tanto, pois quando o time ia com determinação ao ataque, o visitante era envolvido com certa facilidade, principalmente no primeiro tempo. Aliás, a lógica do placar no primeiro tempo deveria ter sido 3x1 para o Santos. Mas faltou um pouco de maturidade aos meninos, que com o passar do tempo irão adquirir. Quanto a arbitragem, ela foi ruim sim, mas para os dois times, mas não a ponto de determinar o resultado do jogo. O que me irritou no final do jogo foi a bobeada da nossa defesa, que deixou o Tcheco sozinho para cabecear aquela bola que bateu no travessão. O Dorival Jr. precisa dar uma enquadrada no pessoal da nossa zaga.Bom, na 4º feira temos o Paulista em Jundiaí. É esperar por mais um show da nossa garotada.

A Copa do Mundo no Brasil abre no Rio ou na capital dos paulistas?

Guilherme Mendes

Uma verdade inconveniente

Nação Palestrina,

Nesta última semana o estádio do Morumbi foi mais uma vez massacrado pela imprensa, em virtude de sua inadequação para receber a abertura da Copa do Mundo ou até mesmo partidas decisivas do mundial.

O assunto envolve inúmeros interesses econômicos, políticos e empresarias, além das paixões clubísticas.

Agremiações à parte, o que desconsideraria grandes paixões, tanto de corinthianos como de são-paulinos, a disputa parece residir em outra esfera.

Como sabem, o Blog do Trio esteve presente no Seminário Internacional da Copa do Mundo, realizado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

No evento, pudemos ter ciência da grandiosidade dos números envolvidos no torneio e as oportunidades que a simples realização de um jogo pode significar para uma cidade ou região.

Ficou demonstrado que, em termos econômicos, a abertura da Copa é muito mais relevante que seu encerramento.

No início há 32 países envolvidos; na final, só 2.

A festa de abertura é muito maior que a oferecida na decisão.

A maior importância, como evento esportivo, está na abertura; enquanto fato futebolístico, está na final.

Por essas e outras razões, há o interesse carioca em concentrar abertura e encerramento no Maracanã.

Essa não seria nenhuma novidade, visto que o Mundial deste ano terá em Joanesburgo seu marco inicial e final.

No entanto, essa é uma decisão de grande custo político.

Quem pagaria o alto preço por desagradar São Paulo?

O governo do Rio de Janeiro, em parceria com a CBF, vem trabalhando nos bastidores para que isso aconteça.

Daí a razão para a "fritura" pública do Morumbi e a dúvida em relação à cidade de São Paulo.

Há quem diga que a vitória carioca já está sacramentada e só não foi anunciada por estarmos em ano eleitoral, algo que causaria incômodo tanto ao Presidente Lula, quanto ao Governador Serra, que sairiam "queimados" com o povo paulista.

O fato é que o Rio exerce, principalmente no futebol, uma força muito além das suas capacidades políticas e econômicas.

Está na hora de estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais fazerem valer o seu peso no desenvolvimento econômico do país.

Senão, aquela máxima de que "manda quem pode e obedece quem tem juízo" vai acabar mudando para "manda quem tem padrinho, obedece quem é trouxa".

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