quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lei anti fumo suspensa por juiz em todo Estado de Sao Paulo.

Victor Zacharias
Tenho visto muitas pessoas elogiando a lei e outro tanto reclamando por ser anti
democrática. Um artigo foi publicado no site CultCoolFreak :

Agora, o Juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital do Estado de São Paulo, nos autos do Mandado de Segurança n 053.09.016370-5, proferiu sentença dando razão à Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (FHORESP), suspendendo os efeitos da Lei em todo o Estado.
Para o magistrado, a norma viola a competência legislativa da União, pois atropela a Lei federal 9294/96, que já tratava da mesma matéria. Além disso, outro absurdo da lei estadual era a concessão de poder de polícia ao empresário, dono do estabelecimento. Segundo o Juiz, a lei estadual:
" (...) desvia recursos financeiros, materiais e de pessoal já comprometidos com outras atribuições estatais, das quais não consegue se desincumbir a contento; exemplificativamente, na área de segurança pública, saúde (hospitais, centros de saúde e fornecimento de medicamentos), educação; na fiscalização e punição dos infratores de trânsito; na cobrança de devedores de IPVA, seguro obrigatório e multas detrânsito; na ausência de campanhas educativas de trânsito para redução de acidentes."
De forma pouco usual em sentenças, ele ainda afirmou que a imprensa cegou a análise técnica da lei, a qual, em suas palavras, violava princípios básicos da democracia, e ressuscitava a figura do "Inspetor de quarteirão", aliando-o inclusive no mesmo patamar dos gansos. Observem a sutileza do sentenciante:
"Ressuscita-se a figura do "guarda de quarteirão", característica dos regimes totalitários e de triste memória para a maioria de nós: sob invocação dessa famigerada lei, em todos os lugares (inclusive áreas de condomínio e sanitários) se encontram afixadas placas enormes não apenas informando a proibição, mas estimulando o denuncismo por telefonema gratuito; todas as pessoas, "amigos" e inimigos, sentem-se guardiães da moralidade e no dever de denunciar o fumante; as que detêm algum poder "ampliam" a restrição, a seu bel prazer, "por conta da lei"."
Após citar Karl Popper, e a maneira como o cientificismo barato cega toda uma sociedade, cutucou outros colegas de toga, ao citar que, apesar de todos hipocritamente alardearem os perigos do fumo, um curioso fato de ela não alcançar os presidiários, deixando-os a mercê dos maldosos esquerdistas fumantes:
"Curiosidade: na sentença paradigma, observamos que a lei estadual, excepcionando de suas restrições os presídios, não protege (como declara ser sua intenção) os presidiários não-fumantes. Dias depois, tem-se a notícia de que um condenado a 23 anos de reclusão, em regime fechado, e que sofre, atualmente, de insuficiência respiratória causada pela fumaça de tabaco de seus companheiros de cela, pediu para ser transferido para unidade de não-fumantes. A liminar foi indeferida pela ministra Laurita Vaz, no exercício da presidência do STJ, sob fundamento de "não há urgência". (HC 140464-SP, 2009/0124895-5, leia a decisão na íntegra aqui)
Enfim. Julgou procedente o Writ e suspendeu a eficácia da Lei. Dias depois, a Secretaria da Justiça do Estado, de forma quase desesperada, publicou nota dizendo que a sentença não possuía efeitos práticos para impedir a fiscalização, por causa do recurso que a entidade de defesa do governo havia interposto.
Parece que o jogo de informações sem fundamento se faz presente no caso em tela. Afinal, a apelação da Procuradoria do Estado não foi recebida no efeito suspensivo, o que torna válida a decisão da sentença. Apesar da assessoria de imprensa da secretaria afirmar (de maneira singela) que houve suspensão da sentença, não encontramos no site do TJSP qualquer referência a isso. Estamos a disposição para publicar aqui eventual decisão de suspensão da decisão de mérito de primeira instância. Até lá, acreditamos que o informado pela secretaria é falácia.
Divirta-se com o conteúdo da sentença na íntegra aqui em: sentença lei antifumo sp.PDF .
O que voce acha desta polêmica lei?

Peixe aplica goleada de 5X0 na melhor partida de Neymar.

Nelson Gomes.

Amigos do G.A.S. e Nação Santista, ontem assisti algo que desde os tempos áureos de Robinho, Diego, Elano, Renato e Cia., não via.
O jogo de ontem contra o Barueri foi primoroso: os nossos meninos jogaram simples, leves e soltos, como que num balé mágico de futebol.
Liderados pelo Neymar, que indiscutivelmente jogou sua melhor partida com a camisa do Santos F.C., Wesley, Paulo Ganso e Marquinhos também jogaram um futebol brilhante e gostoso de assistir. O primeiro gol anotado pelo André saiu de uma jogada espetacular no Leo, que driblou 4 jogadores chutou, a bola bateu na trave e no rebote o André conferiu. Os outros gols foram do Wesley, Zé Eduardo, que estreou muito bem e Neymar que anotou 2 gols.
Caros amigos, tenho a nítida impressão que este ano teremos muitas alegrias com esse time. Se o Robinho voltar jogando o que sabe, e para o time, não vai ter para ninguém.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Kassab inaugura parque para o povo.

Victor Zacharias
Rir das falas do prefeito é trágico, porque ele não traz nem esperança e nem solução. Tem muita gente morrendo e outro tanto vivendo 45 dias ou mais com esgoto na porta de casa, mas o bem humorado povo brasileiro se liberta da dor rindo dela, Freud explicou.
Prepare-se porque este ano Kassab vai pedir o seu voto para o Serra, o governador que manda no prefeito.

Juiz define resultado da partida do peixe no futebol Junior.

Nelson Gomes.

A amigos do G.A.S. e Nação Santista. Somente quem assistiu pode concordar com esse fato: o Juiz da partida de ontem pela manhã no Pacambú, na decisão da Copa São Paulo de Futebol Jr., praticamente definiu o campeão da Taça, quando lamentavelmente deixou de expulsar o goleiro do São Paulo em uma entrada violentíssima sobre um jogador do Santos, quando este estava indo em direção ao gol. A regra é clara! Coisas do futebol que interferem no resultado. Na cobrança de pênaltis ele, o goleiro Richard, defendeu 3 cobranças e o São Paulo sagrou-se campeão.Mas os nossos garotos estão de parabéns! Não devem desanimar: eles foram brilhantes não somente neste jogo, mas em todas as partidas da competição: Esperamos que muitos deles possam em breve estar no time principal. O Alan Patrick, já estará a disposição do técnico Dorival Jr. Quanto ao nosso time principal, demos uma tropeçada no domingo contra o Mogi-Mirim, perdendo de 2x1. Mas não devemos nos preocupar; o time jogou bem e está se ajustando. O que precisamos mesmo é de um centro-avante de ofício. Abraços a todos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Santos: O jogo não foi tão fácil como se previa

Nelson Gomes

Amigos de G.A.S. e Nação Santista, ontem a noite na Vila famosa não passamos de um empate contra a Ponte Preta de Campinas em 1x1. O nosso gol foi do André. Uma realidade parece clara: a dupla de zaga que atuou ontem e no domingo realmente não deve ser a titular. Foi ridículo o time tomar um gol feito de costas pelo zagueiro da Ponte em uma bola alçada sem nenhuma força. Mas no geral o time jogou bem. Grande jornada do Neymar que só não fez gol por pura sorte do adversário. A se lamentar a contusão do George Lucas que infelizmente vai ficar de molho por uns tempos. No domingo enfrentaremos o Mogi-Mirim em Mogi.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lula é Estadista Global.

Victor Zacharias

Os poucos que não reconhecem o presidente Lula como estadista, como diria Zagallo, vão ter que engolir mais esta.
Dia 29, em Davos na Suíça, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estará entregando ao presidente brasileiro este premio inédito: Estadista Global.
Conforme a organização do evento, o prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. "O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade", disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.
Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. "O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global."
Enquanto isso a nossa imprensa que sofre de censura privada, pouco reconhece este feito inédito. Ainda bem que em breve teremos uma regulamentação para a mídia que a deixara democrática e com liberdade de expressão para todas as vozes, não somente para os que se dizem donos da comunicação.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Santos, 1, 2, 3, 4 gols.

Nelson Gomes

Peixe estréia como poucas vezes se viu: jogando bem e fazendo 4 gols.
Amigos do G.A.S. e Nação Santista, depois das férias estamos de volta, firmes e fortes para falar do nosso querido Santos F.C..
E que momento bom! E
streamos com vitória no campeonato Paulista: 4 a 0 sobre o time do Rio Branco de Americana. Claro que jogar no Pacaembú, sempre nos ajuda, mas fazer o que?, se o Rio Branco não tem estádio em condições de abrigar o jogo.
Vamos aos fatos relevantes: O time até que jogou bem, visto que tivemos pouco menos de 12 dias para treinamento com bola.
O destaques foram o Neymar e o Paulo Henrique Ganso, que fizeram 2 gols cada um. Além claro do Giovanni, que reestreou no 2º tempo do jogo e deu a assistência para o 2º gol do nosso Ganso. Nem pareceu que os rapazes estiveram em férias, porque chegaram e deram conta do recado.
Estrearam no time os zagueiros: Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar, além da re-estréia do Wesley que estava emprestado ao Atlético do Paraná.
É isso meus amigos, bola pra frente.
Desejo a todos vocês, santistas, um 2010 de muitos títulos !!!!!
Um forte abraço a todos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Publicitário utiliza Chico Buarque para fazer a Desconstrução.

Victor Zacharias

Nos blogs da vida tem sempre alguma coisa diferente e criativa e esta é uma delas.
O criador publicitário Fellipe Figueiroa fez uma paródia para a letra Construção do Chico Buarque que ganhou o nome: Desconstrução , nela fica relatado o dia a dia de um criador de publicidade.
É comum dizer que o cliente é o bem e o mal das agências. O bem porque sem ele não haveria publicidade, o mal porque a propaganda pode ficar menos criativa ou nada criativa com ele.
Faço aqui uma ressalva para dizer que existem honrosas exceções tanto do lado do cliente como do outro lado que, muitas vezes, tem péssimos criativos.
Eu trabalhei em propaganda por muitos anos e como publicitário de raiz, só poderia inserir este texto aqui, não resisti, agora é só você lembrar da melodia e cantar.
Para descontrair neste final de semana, ai vai a letra.
Desconstrução
Letra: Fellipe Figueiroa

Criou daquela vez como se fosse a última.
Fez cada job seu como se fosse o único.
Pensou o dia inteiro e ficou o máximo.
Mandou pro atendimento num e-mail tímido.

Teve que refazer como se fosse máquina.
A campanha reprovada com argumentos sórdidos.
Criou mais uma vez outros roteiros mágicos.
Pra ver a aprovação como se fosse lógico.

O cliente não gostou e aconteceu o trágico:
pediu pra refazer como se fosse um príncipe.
Tentou reagir mas se sentiu estático.
Pensou mais uma vez no concurso público.

E virou a noite inteira parecendo um bêbado.
Comeu pizza de novo e ficou mais flácido.
Bebeu a noite inteira cafezinhos básicos.
Saiu de manhãzinha se sentindo estúpido.
E ainda teve que voltar pra terminar no sábado.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ao criticar o plano de direitos humanos os donos da comunicação mostram seu partido e valores.

O macaco não soube esconder o rabo
Por Fábio Konder Comparato
Há algo surpreendente (para dizer o mínimo), com todo esse estardalhaço a respeito do III Programa Nacional de Direitos Humanos, que o Governo Lula acaba de apresentar. Quase todos os pontos acerbamente criticados por militares, latifundiários e donos de empresas de comunicação, já constavam dos dois Programas anteriores, elaborados e aprovados pelos sucessivos governos de Fernando Henrique Cardoso.
E mais: nos dois Programas precedentes, vários desses pontos polêmicos continham propostas mais fortes e abrangentes do que as constantes do atual Programa. Ora, os Programas de Direitos Humanos aprovados pelo então Presidente Fernando Henrique, em 1996 e 2002, passaram praticamente despercebidos na imprensa, no rádio e na televisão.
Como explicar, então, toda a bulha suscitada pelo Programa do Governo Lula, com conflitos públicos entre Ministros e acusações de desestabilização da ordem constitucional vigente, para desembocar no vergonhoso acordo negociado entre o presidente e a oposição?
Não é preciso ter o olfato aguçado, para sentir em tudo isso o fedor eleitoral. Afinal, já entramos, neste ano da graça de 2010, no único período ativo da classe política.
Mas façamos as comparações acima enunciadas.
Conflitos no campo e reforma agrária
O Programa Lula não contém nenhuma proposta de mudança legislativa e, menos ainda, constitucional, a esse respeito. Limita-se a falar em fortalecimento da reforma agrária, e em atualização dos índices de utilização da terra e de eficiência na exploração. Tais índices foram fixados em 1975, e até hoje, apesar dos sucessivos protestos dos movimentos de reforma agrária, continuam os mesmos. São eles que comprovam o fato de uma propriedade rural ser improdutiva, requisito constitucional para a sua expropriação. Ora, os grandes empresários rurais – perdão! os "agricultores", como diz o ministro Stephanes – não cessam de alardear o fato de que a agricultura capitalista aumentou brutalmente a produtividade das terras.
O primeiro Programa do Governo Fernando Henrique, em 1996, continha a proposta de um projeto de lei, que tornasse obrigatória a presença no local do juiz ou do representante do Ministério Público, quando do cumprimento de mandados judiciais de manutenção ou reintegração de posse de terras, que implicassem a expulsão coletiva dos seus ocupantes. Ninguém ignora que, no cumprimento desses mandados judiciais, a ação da Polícia Militar costuma provocar mortes e lesões corporais graves.
No mesmo Programa de 1996, lê-se a seguinte proposta: "apoiar proposições legislativas que objetivem dinamizar os processos de expropriação para fins de reforma agrária, assegurando-se, para prevenir violências, mais cautela na concessão de liminares".
Em 2002, sempre no Governo Fernando Henrique, o II Programa de Direitos Humanos sugere apoiar "a aprovação de projeto de lei que propõe que a concessão de medida liminar de reintegração de posse seja condicionada à comprovação da função social da propriedade, tornando obrigatória a intervenção do Ministério Público em todas as fases processuais de litígios envolvendo a posse da terra urbana e rural".
Pergunta-se: onde estava então a União Democrática Ruralista (não se perca pelo nome), que não foi às ruas denunciar a subversão comunista contida nessas proposições?
Meios de comunicação de massa
Nessa matéria, a "audaciosa" proposta do Programa Lula, que suscitou a indignação dos donos de jornais, rádios e televisões, foi a regulamentação do art. 221 da Constituição, o qual até hoje, transcorridos 21 anos de sua promulgação, permanece letra morta.
E o que propuseram os Programas de Fernando Henrique sobre o assunto? A mesma coisa, mas com um importante acréscimo: "garantir a imparcialidade, o contraditório e direito de resposta na veiculação de informações, de modo a assegurar a todos os cidadãos o direito de informar e ser informado".
Hoje, em razão de lamentável decisão do Supremo Tribunal Federal, não existe mais lei de imprensa no Brasil. Que eu saiba, somos o único país do mundo com esse vácuo legislativo. Ora, sem regulamentação por lei do direito de resposta nos meios de comunicação de massa, o cidadão fica inteiramente submetido ao arbítrio deles.
Revogação da lei de anistia?
O ministro da Defesa, acolitado pelos chefes das três armas militares, rasgou as vestes e pôs cinza na cabeça, ao ler a seguinte proposta do atual Programa de Direitos Humanos: "Criar Grupo de Trabalho para acompanhar, discutir e articular, com o Congresso Nacional, iniciativas de legislação propondo: revogação de leis remanescentes do período 1964-1985, que sejam contrárias à garantia dos Direitos Humanos ou tenham dado sustentação a graves violações."
"Aí está", esbravejou o ministro, "querem revogar a lei de anistia!"
Pelo visto, os assessores do ministro imaginam que quem é suposto conhecedor de estratégia militar é também entendido em estratégia política. Erro funesto. Ao imaginar que a citada proposta do III Programa de Direitos Humanos tem em mira a lei de anistia de 1979, a corporação militar tirou a máscara. Ela reconheceu que esse diploma legal viola os direitos humanos, e que essa violação só pode consistir no fato de a indigitada lei haver anistiado os agentes públicos, militares e policiais, que mataram, estupraram e torturaram opositores ao nefasto regime político de 1964 a 1985.
Tranquilizem-se, porém, o ministro e os chefes militares. O que o Conselho Federal da OAB propôs no Supremo Tribunal, por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental nº 153, não foi a revogação da lei de anistia. Aliás, em um Estado de Direito o Poder Judiciário não tem poderes para revogar leis. Objeto daquela ação é a declaração judicial de que a Lei nº 6.683, de 1979, não anistiou os autores de crimes de sangue e de violência contra opositores políticos, durante o regime militar.
É só isso. Mas isso, uma vez admitido, será a condenação definitiva da "ditabranda", tão louvada por um jornal de São Paulo.
A Comissão de Verdade
É realmente inacreditável que essa proposta do III Programa de Direitos Humanos tenha provocado tanto escarcéu, pois nesse ponto pode-se dizer que a montanha pariu um camundongo.
A criação de uma comissão de alto nível, com a participação da sociedade civil, destinada a apurar as atrocidades cometidas durante duas décadas neste país, sob a responsabilidade final dos dirigentes militares, foi discutida durante anos em congressos, seminários e mesas redondas, em todo o território nacional. A Secretaria Nacional de Direitos Humanos, afinal, fixou-se na sugestão de criar tal comissão por decreto presidencial. Mas o presidente da República, como era esperado, voltou atrás na última hora e preferiu enviar o assunto às calendas gregas; isto é, ao Congresso Nacional.
Não se esqueça que estamos em ano eleitoral, e que um eventual projeto de lei, nesse sentido, jamais será votado até o encerramento da vigente legislatura, em dezembro de 2010.
Como se vê, não é preciso ter muita habilidade para capturar o ratinho, que saiu cambaleante do ventre da montanha.
Finalmente, voltando de férias, o presidente da República decidiu negociar um acordo com os críticos do III Programa de Direitos Humanos. O Programa já não é por ele aprovado, mas simplesmente "tornado público". Além disso, o presidente recomendou que os pontos polêmicos, notadamente a Comissão de Verdade, sejam abrandados.
Como se vê, de ambos os lados o macaco não soube esconder o rabo. As classes dominantes demonstraram que sua maior arma política é a dominação empresarial dos meios de comunicação de massa. Uma democracia autêntica só pode existir quando as diferentes camadas do povo têm liberdade de se comunicar entre si. Entre nós, porém, os canais públicos de comunicação foram apropriados pela classe empresarial, em seu próprio benefício, deixando o povo completamente à margem.
O presidente da República, por sua vez, seguindo seus hábitos consolidados, resolveu abafar as disputas e negociar um acordo. Esqueceu-se, porém, que nenhum acordo político decente pode ser feito à custa da dignidade da pessoa humana.
Fábio Konder Comparato é professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e fundador da Escola de Governo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Márcia Goldschmidt lança o inventário na TV. Rápido, fácil e ilegal.

Victor Zacharias

Que a mídia quer ter poderes acima de tudo e de todos, a gente sabe, por isso você precisa conhecer o que a apresentadora do programa feminino de variedades " Márcia", veiculado na Rede Bandeirantes de televisão, fez para ter audiência.
Essa sua última peripécia aconteceu no quadro "Quem tem razão". Nele fazendo as vezes de um tribunal, julgou uma desavença familiar com relação à herança. O programa apropriou-se de uma legalidade e legitimidade que é pertinente ao judiciário, portanto iludiu as partes envolvidas e as fez acreditar que aquele acordo era válido.
Leia o relato:
A defensoria pública recebeu um senhor que disse que não tinha mais onde morar, porque a casa em que vivia com sua recém falecida esposa teve que ser vendida por decisão da “Márcia”. O funcionário publico indagou se a tal Márcia era uma juíza. O senhor informou que tratava-se da Márcia Goldschmidt da TV Bandeirantes. Descrente o atendente só acreditou quando leu o termo de acordo extrajudicial assinado com firma reconhecida e tudo.
Pois é, a platéia (corpo de jurados) decide ao vivo a vida das pessoas que participam do programa. Neste caso, deliberaram “após exaustivo debate e produção de prova”, por maioria de 70%, que a casa do assistido e da falecida esposa teria que ser vendida, ficando apenas 30% do valor “alferido” (sic) para ele (tudo, obviamente, sem inventário).
Agora fico imaginando quais outros tipos de questões eles devem decidir. É preciso fazer algo a respeito, porque se o Serra descobre poderá extinguir a Defensoria e o Judiciário, passando as atribuições para os programas de TV vespertinos, audiência será certa.
Se você não acreditou como eu, leia o acordo no anexo (clique nele que ficará maior), os nomes completos foram eliminados, é claro.
O que seus amigos da área de direito devem achar? E as autoridades?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O caminho da cultura da pobreza para a cultura da transformação é mostrado no filme da vida do brasileiro Lula.

Victor Zacharias

Estava curioso para assistir ao filme do Lula, o lançamento foi neste final de semana, acho que a curiosidade não era só minha porque compareceram mais de 220 mil espectadores nos cinemas do Brasil, o que deu ao filme dirigido por Fabio Barreto a segunda colocação dos filmes brasileiros mais assistidos na fase de lançamento, o primeiro lugar ficou para a comedia " Se eu fosse você 2" com 570 mil.
Para mim é um resultado surpreendente porque o filme foi colocado pela imprensa como um filme com intenções políticas e bem na hora do lazer este poderia não ser a escolha preferida, pelo visto este é mais um preconceito que o presidente venceu.
Um filme nunca é uma verdade absoluta sobre os fatos, sempre reflete o ponto de vista de quem o produziu, porém esta produção tem a virtude de ter sido baseada em uma obra cientifica ou seja a tese de doutorado de Denise Parana, é uma espécie de garantia acadêmica.
Também li o livro da Denise, uma obra de fôlego, pois incorpora varias entrevistas com os familiares e com o próprio Lula que ficaram completamente a vontade para contar detalhes íntimos das suas vidas.
Em sua tese Denise fala sobre a cultura da pobreza e procura entender quando ela é rompida e avança para a conscientização de classe fazendo surgir a cultura da transformação, o "homem coletivo" luta pelos seus direitos e os resultados aparecem apesar da enormes forcas contrarias.
É uma historia de superação, pois esta família tinha tudo para não sobreviver. Só este exemplo fala por si, a dieta alimentar de todos era farinha com pó de café, Lula só foi comer arroz aos 5 anos de idade e aos 7 anos quando chegou em Santos nunca tinha visto nenhuma das coisas comuns para os moradores das cidades.
No lugar onde Lula nasceu, Vargem Comprida, a água ficava a vários quilômetros de casa, proveniente da chuva, Esta poça natural atraia não somente os membros da família Silva, mas também os animais que faziam nela a suas necessidades. Infelizmente esta pequena parte da realidade nordestina, ainda presente para muitos brasileiros, é pouco lembrada ou desconhecida principalmente para os da classe média.
O filme servira para mostrar que Lula sempre foi religioso e nunca foi comunista, ao contrario do seu de seu irmão Ziza ou Frei Chico, chamado assim pela sua cara de frei. A capacidade de agregar os diferentes pontos de vista acabou fazendo com que Lula fosse eleito pelos seus companheiros do sindicato como líder dos representantes para lutar pelas necessidades urgentes dos trabalhadores do Brasil.
O filme destaca a presença fundamental de uma mãe que tenazmente luta pelos seus 8 filhos e filhas para que sejam "alguém na vida", esta expressão carrega algo simples: educação, trabalho decente, casa e família; o básico.
Para a maioria da imprensa o filme teria caráter eleitoreiro, mas outra vez a imprensa errou, a maioria dos que assistiram consideraram um filme histórico. Infelizmente a imprensa nacional tem uma censura privada e não é minimante isenta como indicaria a ética jornalística.
Recomendo que todos assistam para conhecer o presidente um pouco mais de perto, que hoje emociona e inspira, em certa parte, o mundo todo, queiram ou não os editores e veículos de comunicação.
Muitos do povo brasileiro não perceberam o quanto Lula faz parte da vida de cada um. Aos chorões e choronas digo que levem um lenço.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A vergonha do Sr. Casoy, jornalista da Bandeirantes.

Victor Zacharias

O famoso jornalista Boris Casoy dono do bordão: " isto é uma vergonha" mostrou seus verdadeiros valores. Ele desprezou os desejos de feliz Ano Novo só por que vieram dos garis, mostrou assim o que realmente pensa. É claro que o pensa influencia nas noticias que fala e nas opiniões que emite, portanto a imagem de paladino da justiça que costuma passar é recheada de preconceitos sociais e econômicos.
O fato aconteceu assim, durante o jornal da Band entra no ar a declaração de um gari desejando um feliz Ano Novo com muita paz e saúde, dinheiro e trabalho, em seguida entra a vinheta do jornal da Band e misturada com a trilha musical ao fundo pode-se ouvir, porque o áudio do estúdio ligado, o comentário de Casoy e de outro " misterioso" jornalista, menosprezando os votos dos garis pela sua condição econômica: "...que merda...dois lixeiros desejando felicidades...rsrs...., do alto de suas vassouras...rsrs...dois lixeiros, o mais alto da escala de trabalho..."
O outro jornalista, talvez, o Joelmir se omitiu, somente quem pediu desculpas foi Casoy. Infelizmente para o jornalista da Band o vazamento desta fala escarnecedora e discriminatória foi revelada, como diria Freud foi o ato falho que mostrou o inconsciente, ou seja, as reais intenções e valores da pessoa.
Cedo ou tarde a verdade sempre aparece, isto sim, Casoy, podemos dizer é uma vergonha.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz ANO NOVO.

Victor Zacharias

Quero agradecer os mais de 5 mil leitores que passaram por este blog e aos parceiros e desejar a todos e todas um ano de muito progresso em cada parte de suas vidas.
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