quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Folha e seu modo mosca de ver o mundo.


As vezes parece que a veia criativa dos publicitários se esgotou, digo isso quando vejo campanhas difíceis de serem compreendidas e outras que seguem direto por associações equivocadas para chamar atenção pelo lado ruim.
Ao ver a nova campanha da FSP me surpreendi com a analogia feita entre os jornalistas ou jornalismo da FSP e a mosca.
Logo que assisti ao comercial pensei: será eles estão ficando doidos?
Mosca é um inseto considerado nocivo e por isso incomoda, está sempre atrás de lixo, aliás vive do lixo e da podridão. Carrega germes e bactérias de lá para cá contaminando por onde passa.
É isso que a FSP quer passar para seus leitores ou esta é a maneira de cativar novos leitores?
Desde dos tempos bíblicos a mosca é rejeitada por transmitir doenças ou até por ser símbolo do demônio, quando é comparada a Belzebu, o Rei das Moscas, sem contar as pragas de Moisés, etc.
A publicidade trabalha com representações existentes no universo cultural local para persuadir os cidadãos, hoje chamados de consumidores, ao consumo do produto anunciado, nunca para repelí-los.
Não acredito que todos os jornalistas que participaram do comercial concordaram com este infeliz tema, isto não pode ser possível, afinal são inteligentes, acho eu.
Como trabalhei em agências de propaganda por anos, faço uma ressalva: nem sempre é a agência de propaganda que dá a idéia, as vezes o cliente "criativo" é quem a impõe.
Pensando "freudianamente" pode ser um ato falho, que mostra a maneira pela qual a FSP dirige o seu jornalismo, sempre atrás de lixo para contaminar a vida sadia.
Quem gostaria de assinar um jornal nocivo como o apresentado no comercial?
Eu não.
Folha de rabo preso com as moscas.

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